Diretor da Binance no Brasil prestará depoimento na CPI das Pirâmides na quinta-feira (14)

O deputado Aureo Ribeiro, presidente da CPI, também apresentou um pedido para prorrogar os trabalhos da comissão por mais 60 dias
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Guilherme Nazar, diretor-geral da Binance no Brasil (Foto: Reprodução/LinkedIn)

O depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras do diretor-geral da Binance no Brasil, Guilherme Nazar, inicialmente marcado para acontecer nesta terça-feira (12), foi reagendado para quinta-feira (14), às 10h da manhã. 

A mudança das datas foi um pedido de Nazar, que justificou sua ausência na sessão de hoje da CPI devido a uma viagem ao exterior. 

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Assim como Nazar, a CPI também adiou para quinta-feira a tomada de depoimento de Ricardo Rangel Mendes, presidente da empresa Hotel Urbano. 

Binance na CPI das Pirâmides 

Guilherme Nazar, que é sobrinho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assumiu o cargo na Binance no fim do ano passado. Ele entrou na mira da CPI em junho, após um requerimento do deputado Alfredo Gaspar (UNIÃO/AL). 

O parlamentar justificou seu pedido para ouvir Nazar lembrando que a Binance enfrenta problemas com órgãos reguladores nos EUA, Japão, China, Alemanha, Reino Unido e Brasil, além de estar sendo investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por supostamente oferecer produtos do mercado de derivativos sem autorização.

“Não bastassem os problemas associados à regulação e à oferta de produtos indevidos, soma-se a possível parceria a empresas brasileiras que oferecem serviços financeiros que correspondem ao escopo do que a ementa do requerimento de criação desta CPI se propõe a investigar”, escreveu Gaspar no seu pedido de convocação de Nazar.

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Nesta terça-feira, o presidente da CPI das Pirâmides Financeiras, Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), também enviou um ofício para o presidente da CVM, João Pedro Nascimento, que pede para a autarquia mandar para a comissão o processo administrativo sancionador em curso relacionado à negociação de derivativos irregular da Binance.

O ofício também solicita a lista de materiais relacionados à denúncias e atos abertos pela CVM relacionados à Binance, bem como as empresas parceiras B Fintech, Capitual, Banco Acesso, Latam Gateway e Banco BS2.

Prorrogação da CPI

Aureo Ribeiro também apresentou nesta terça-feira (12) um requerimento para prorrogar por 60 dias o término dos trabalhos da CPI.

Para justificar o adiamento, o deputado citou a grande quantidade de informações em análise pela CPI e disse que mais tempo de trabalho será necessário para preparar um relatório mais bem estruturado e completo.

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Ribeiro destacou no seu pedido que a CPI vem desempenhando “papel fundamental na sociedade brasileira na investigação de operações fraudulentas na gestão de diversas empresas de serviços financeiros com promessas de investimentos por meio de gestão de criptoativos, por meio de divulgação de informações falsas sobre projetos e promessas de rentabilidades elevadas e garantidas”.