Digital Currency Group fecha unidade de trade institucional por “incertezas regulatórias”

Embora cite incertezas regulatórias, a falta de dinheiro do Digital Currency Group pode ter tido a maior influência para o fechamento da TradeBlock
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O Digital Currency Group (DGC), conglomerado de grandes empresas do mercado cripto, decidiu fechar a sua subsidiária de trade e serviços de corretagem para investidores institucionais, TradeBlock, por incertezas regulatórias ligadas às criptomoedas nos EUA. 

A informação foi revelada pela Bloomberg na noite de quinta-feira (26). O fechamento da unidade está previsto para acontecer já na semana que vem, no dia 31 de maio.

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A TradeBlock foi adquirida em 2020 pelo CoinDesk, empresa de mídia que também é controlada pelo Digital Currency Group. Na época, o CoinDesk manteve da TradeBlock seu negócio de dados de índice, renomeado para CoinDesk Indices. O restante das operações do TradeBlock foram então desmembradas para a plataforma de negociação.

“Devido ao estado da economia em geral e ao prolongado inverno cripto, juntamente com o ambiente regulatório desafiador para ativos digitais nos EUA, tomamos a decisão de encerrar o lado da plataforma de negociação institucional do negócio, conhecido como TradeBlock, a partir de 31 de maio de 2023”, disse o porta-voz do DGC ao CoinDesk.

A situação do Digital Currency Group 

Embora cite incertezas regulatórias para fechar a empresa TradeBlock, a falta de dinheiro do Digital Currency Group pode ter tido a maior influência para o fim do negócio.

O DCG relatou uma perda de US$ 1,1 bilhão em 2022, resultado dos efeitos do mercado de baixa das criptomoedas e a falência de empresas importantes do grupo.

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A sua subsidiária de empréstimos cripto, a Genesis Global, se afundou numa crise que culminou com um pedido de recuperação judicial em janeiro deste ano. Em meio ao processo, o DCG entrou em guerra com a Gemini, corretoras de criptomoedas dos gêmeos Winklevoss, por não pagar uma dívida de US$ 630 milhões.

Cameron Winklevoss subiu o tom ao exigir a demissão de Barry Silbert do cargo de CEO do Digital Currency Group, por sua “incapacidade em liderar a empresa e resolver os problemas” que ela enfrenta atualmente.

Na semana passada, a Gemini atualizou os investidores de que o DCG ainda não havia encontrado uma forma de quitar a dívida de US$ 630 milhões.