Imagem da matéria: Detetive do blockchain cria base de dados para identificar ladrões de bitcoins
Foto: Shutterstock

“O Bitcoin só é anônimo se usado perfeitamente. Felizmente, ninguém é perfeito”. A definição que o empreendedor Alan Reed fez em entrevista ao Portal do Bitcoin é a mesma que ele apresenta em seu site “Bitcoin Abuse Database” (Base de Dados para Abusos com Bitcoin, na tradução para o português).

A comemoração da (quase) impossibilidade do anonimato se deve ao fato de que Reed trabalha oferecendo serviços de detetive de blockchain.

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Quando contratado, analisa a fraude que foi feita e busca pontos para identificar uma carteira, um endereço de IP ou algum vestígio que leve ao autor do crime.

Alan Reed ressalta que é quase impossível transacionar com criptomoedas sem deixar vestígios (Foto: Divulgação)

“É preciso apenas um erro para concectar um bitcoin roubado a uma identidade real”, propagandeia.

Mas para além do trabalho como detetive, Reed também tenta desempenhar um papel de interesse público na comunidade do bitcoin.

Seu portal recebe relatórios de fraudes e os expõe, demonstrando com quais carteiras se deve ter cuidado ao negociar e também produz um banco de dados para geração de estatísticas  –  “mesmo que seja apenas uma fração das transações, nós sabemos disso”, reconhece o empreendedor.

Acessado na sexta-feira (11), o site informava em sua página de abertura que havia recebido 345 relatórios de fraude no último dia, 1.576 na semana e 5.328 no mês.

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O Portal do Bitcoin chegou ao site ao apurar uma fraude na qual a vítima perdeu um bitcoin inteiro: foi um “Giveaway Scam”, golpe comum no mundo das criptomoedas, que consiste em alguém se passar por um famoso ou celebridade e lançar um pedido no qual cada doação de criptomoeda irá ser devolvida em dobro, triplo ou alguma taxa anunciada.

O Bitcoin Abuse registrou o golpe, tendo sido noticiado para a comunidade pela ferramenta Scam Alert.

Explicando o que é o bitcoin para a polícia (em 2015)

Morador de Nova York, Alan Reed começou sua trajetória no começo dos anos 2010, em seus tempos de faculdade, ao se inscrever como voluntário para participar de uma conferência sobre segurança cibernética.

Em 2015, resolveu sair dos bastidores e ir para o palco. Teve o pedido aceito para fazer uma palestra sobre Bitcoin para agentes de forças de segurança de pequenas cidades.

“Na época ninguém sabia exatamente o que era. Eu explicava como as transações funcionavam, o que é blockchain e esses conceitos mais básicos”, conta Reed.

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A palestra foi repetida algumas vezes, até que em 2017 , lendo um relatório sobre ransomwares, Reed teve um estalo: “Percebi que nesses esquemas de milhares de e-mails disparados, os resgates iam para apenas três carteiras diferentes. Pensei que deveria haver um jeito de conectar e expor essas carteiras”.

Algumas semanas depois, o Bitcoin Abuse Database estava no ar.

Vestígios são como morte e impostos: inevitáveis

O site é um projeto com fins lucrativos e Reed explica o modelo de negócios: assinaturas que custam “algumas centenas” de dólares por ano com foco em forças de segurança de locais menores, empresas de pequeno e médio porte e investidores.

Por meio de uma parceira com a Cyphertrace, o site permite que o seu assinante cheque se a wallet (carteira) com quem vai negociar está associada a alguma fraude ou esquema. O site produz uma escala de risco e aponta onde esse endereço está nesse medidor.

O grande diferencial, segundo Reed, é que por meio de uma tecnologia que exige “toneladas de machine learning” e coleta e processamento de dados, a ferramenta consegue identificar um agrupamento (“cluster”, no termo em inglês) de endereços que na verdade são do mesmo indivíduo ou grupo.

Mas afinal, como utilizar perfeitamente o bitcoin para manter o anonimato completo? Nesse ponto voltamos ao início. Alan aponta que a sofisticação das ferramentas é tamanha que é quase impossível transacionar sem deixar algum vestígio.

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“Existem muitas maneiras de saber informações sobre o indivíduo atrás das carteiras. Vazamentos que ocorrem ao usar BTC que conectam pessoas a endereços de IP, as conexões com as exchanges, o ato de liquidar a cripto em fiat.  Todos esses pontos de geração de dados são utilizados para identificar clusters de endereços que são relacionados e saber com quem se está lidando ou ajudando a chegar em alguma pessoa ou grupo”, conta.

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