Delegado brasileiro comemora ações dos EUA contra Sheik das Criptomoedas: “Motivo de orgulho”

Delegado Filipe Hille Pace, da PF de Curitiba, comentou sobre as acusações dos EUA contra Francisley Valdevino da Silva, também indiciado no Brasil
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Delegado da PF de Curitiba Paraná Filipe Hille Pace (Foto: Reprodução/LinkedIn)

O delegado Filipe Hille Pace, chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, uma unidade da Polícia Federal em Curitiba (PR), celebrou em um post no LinkedIn na noite de quarta-feira (14), as acusações do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) contra vários golpistas das criptomoedas, incluindo o brasileiro Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o “Sheik das Criptomoedas”.

Silva, que foi indiciado recentemente pela Polícia Federal do Brasil, agora vai responder também às autoridades americanas sobre sua participação nos esquemas de pirâmide com criptomoedas IcomTech e Forcount, também conhecidos como ‘Weltsys’.

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“Uma das pessoas acusadas era o líder da organização criminosa desmantelada pela Operação Poyais, que, além de lesar brasileiros em território nacional, promoveu fraudes não só nos Estados Unidos da América, mas em diversos outros países”, comentou Pace, sem citar o nome do acusado. Ele acrescentou:

“O agradecimento das autoridades estrangeiras ao apoio prestado pela Polícia Federal é motivo de orgulho e do reconhecimento de que apenas com intensa cooperação internacional policial e jurídica é que grandes e complexos esquemas criminosos podem ser combatidos. Nesse sentido, parabenizo todos os colegas envolvidos!”.

Vale lembrar que Filipe Hille Pace coordenou em julho do ano passado uma operação que resultou na prisão do criador do Grupo Bitcoin Banco, Cláudio Oliveira, que ficou conhecido como “Rei do Bitcoin”. Oliveira era o cabeça de um esquema milionário de desvio de bitcoins de clientes.

De acordo com o comunicado do DoJ, também publicado na quarta-feira, os acusados e as acusações são:

David Carmona, Marco Ruiz Ochoa, Moses Valdez, Juan Arellano, David Brend e Gustavo Rodriguez — conspiração para cometer fraude eletrônica; 

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Francisley da Silva, Juan Tacuri e Antonia Perez Hernandez  — conspiração para cometer fraude eletrônica e fraude eletrônica, figurando Silva e Tacuri em acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, e Hernandez por prestar declarações falsas.

Rental Coins: Sheik das Criptomoedas

Na última segunda-feira (12), a PF indiciou seis pessoas acusadas de lesar milhares de investidores por meio da Rental Coins, pirâmide financeira com criptomoedas de Silva, como resultado da Operação Poyais, que derrubou a Rental Coins e, posteriormente, prendeu o líder da pirâmide.

As autoridades foram capazes de comprovar durante a investigação que nunca houve rentabilização dos recursos das vítimas. Ou seja, os piramideiros captavam o dinheiro e, ao invés de aplicar no trade de criptomoedas como prometido, o valor era desviado.

A PF apurou durante a investigação que o prejuízo causado pela organização criminosa por trás da Rental Coins pode ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão.

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