Cristiano Ronaldo é alvo de ação coletiva de US$ 1 bilhão por promover a Binance

A Binance firmou parceria com craque português em meados de 2022, incentivando a venda e promoção de seus próprios NFTs
Cristiano Ronaldo, craque da seleção portuguesa

Shutterstock

O jogador Cristiano Ronaldo, astro do futebol mundial, virou alvo de uma ação coletiva registrada na segunda-feira (27) no Tribunal Distrital da Flórida, EUA, que pede reparos de US$ 1 bilhão. Os acusadores alegam que Ronaldo e Binance venderam títulos não registrados ao promoverem a coleção de NFTs do craque português, que por consequência deram perdas aos investidores.

O processo diz que que os requerentes apresentaram suas reclamações “em nome de si mesmos e de todos os outros em situação semelhante, consumidores que compraram títulos não registrados oferecidos ou vendidos pela Binance” contra “o réu Cristiano Ronaldo, que promoveu, ajudou e/ou participou ativamente na oferta e venda de títulos não registrados em coordenação com a Binance”.

Publicidade

O processo contextualiza que Ronaldo firmou uma parceria plurianual com a Binance que envolveu o lançamento de sua primeira coleção de NFTs, bem como foi porta-voz do programa global de campanha publicitária da Binance.

“As promoções do Sr. Ronaldo foram publicadas em sites públicos, televisão e contas de rede social acessíveis aos demandantes em todo o país, inclusive na Flórida.”, diz um trecho do processo.

Os acusadores argumentam que Cristiano Ronaldo deveria que ter tido atenção no que promovia dada a sua “significativa experiência em investimentos e o privilégio de contar com consultores de primeira linha”.

“Ele sabia ou deveria saber de possíveis preocupações sobre a Binance vender títulos cripto não registrados e/ou que ele estava ajudando e incentivando a fraude e/ou conversão da Binance”, diz outro trecho do processo.

Publicidade

Os problemas da Binance nos EUA

A Binance foi recentemente acusada nos EUA de negligenciar medidas adequadas no combate à lavagem de dinheiro, o que resultou na saída de seu CEO, Changpeng ‘CZ’ Zhao, que na semana passada se declarou culpado, e uma multa de US$ 4,3 bilhões. 

Agora, CZ deverá permanecer em território americano até que o tribunal de Seattle avalie se ele poderá retornar aos Emirados Árabes.

O fundador da maior exchange cripto do mundo pode ser condenado a 18 meses de prisão, segundo especialistas, já que concordou em não recorrer de qualquer sentença acima desse prazo.  

Enquanto isso, a SEC, a CVM dos EUA, ainda busca provas de possíveis fraudes cometidas pela Binance.US, afiliada da exchange no mercado americano.