Desde novembro do ano passado, quando o Bitcoin atingiu sua máxima histórica de preço, até esta sexta-feira (1º), o número de endereços da blockchain do Bitcoin “milionárias” – ou seja, com valores que correspondem a mais de US$ 1 milhão – caiu dramaticamente: de 108.866 para 25.601, uma queda de 76%. Os dados são do Bitinfocharts.com.
O número de endereços que possuem mais de US$ 10 milhões em Bitcoin também caiu muito: de 10.587 em novembro de 2021 para 4.276 agora, uma queda de 60%.
O indexador de dados mostra que atualmente a maior reserva de Bitcoin é a cold wallet da Binance, que possui 252.597 BTC, o que agora equivalem a US$4,8 bilhões.
Máxima histórica
No dia 9 de novembro de 2021, o Bitcoin (BTC) foi às alturas e bateu um novo recorde de US$ 68.530.
A criptomoeda líder do mercado consolidava seu preço há três semanas naquele momento, na maior parte do tempo acima do nível de US$ 60 mil, mas ainda sem forças para replicar o desempenho de meados de outubro de 2021. Quando a segunda semana de novembro começou, no entanto, o bitcoin voltou a acumular ganhos significativos.
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Como de costume, a alta do bitcoin se intensificou na abertura do mercado asiático, a partir das 20h da noite e, em menos de três horas, o bitcoin foi de US$ 66 mil para US$ 68.500.
O Coingeko aponta como maior preço um pico de US$ 69.044 também no dia 9 de novembro de 2021.
Nesta sexta-feira, 1º de julho de 2022, o Bitcoin está cotado em US$ 19.409. A desvalorização é de mais de dois terços: 71%.
Trimestre desastroso
O bitcoin (BTC) também registrou sua queda trimestral mais drástica em 11 anos conforme o preço da principal criptomoeda do mercado despencou em cerca de 56,27% entre abril e junho, de acordo com dados da empresa de análise em blockchain Skew.
Após um relativamente calmo primeiro trimestre de 2022, que fez o bitcoin cair em apenas 1,46%, a maior criptomoeda despencou de acima de US$ 45 mil no início de abril para abaixo de US$ 20 mil no dia 30 de junho — chegando a menos de US$ 18 mil nesse período.
Foi o pior desempenho trimestral desde o terceiro trimestre de 2011, quando o bitcoin caiu em 66,62% — de US$ 15,40 a US% 5,14 —, que também foi pior do que as quedas drásticas registradas no primeiro e quarto trimestres de 2018, quando o BTC perdeu 49,89% e 42,54%, respectivamente.