Peter Thiel, cofundador do PayPal e da Clarium Capital, participou do seminário internacional “5º Fórum Liberdade e Democracia”, que aconteceu na tarde desta segunda-feira (27) no Hotel Unique, na capital paulista. O empreendedor americano foi entrevistado por David Vélez, fundador da fintech Nubank. O título do painel era “As armadilhas de empreender no Brasil”
Durante a conversa, Thiel afirmou que o futuro que deseja para a internet mundial é descentralizado. Existe, na opinião dele, uma oscilação entre maior concentração e maior abertura na história da rede mundial. “Eu diria que o pêndulo voltou para a visão dos anos 60″, afirmou, “quando se pensava que haveria mais centralização, computadores gigantescos, empresas gigantescas, governos inflados com acesso a informações que nem mesmo sabemos sobre nós”.
Para ele, as criptomoedas podem desempenhar um papel fundamental nesse porvir. “Temos que nos concentrar mais na descentralização para que o mundo seja menos centralizado, menos globalizado, e para que exista menos vigilância do estado com mais privacidade”, afirmou Peter Thiel.
O empreendedor e ativista revelou que seu interesse pelo mundo cripto começou há algumas décadas. “Já estávamos interessados na criptografia financeira desde o final dos anos 90″, disse. Thiel revelou que não se ressente por não ter criado o Bitcoin antes. “Não sabíamos como fazer”, explicou. “Não sinto nenhuma inveja do Bitcoin porque jamais conseguiria fazer algo desse gênero”, disse.
Peter Thiel, que também se destacou como investidor do Facebook, é um grande entusiasta do bitcoin e sempre teve uma visão bastante otimista. Suas frases estão marcadas em toda a comunidade de criptomoedas.
Evento promovido pela Jovem Pan com patrocínio da Atlas e da Foxbit
O seminário internacional “5º Fórum Liberdade e Democracia” teve como tema “Brasil Empreendedor – além da esquerda e da direita”. O evento foi organizado pelo Instituto de Formação de Líderes de São Paulo e pela Rádio Jovem Pan.
“Vamos ouvir as ideias e análises daqueles que fazem a engrenagem do Brasil funcionar e confrontá-las com as dificuldades impostas por um estado burocrático e hipertrofiado”, diz um trecho da descrição do evento. Entre os participantes, segundo o anúncio do simpósio, estavam grandes personalidades do setor econômico.
Em meio à crise, a Atlas Quantum e a Foxbit patrocinaram o seminário. Recentemente a Foxbit se separou da plataforma da Blinktrade e migrou para um sistema da Alphapoint, o que criou uma série de problemas para os usuários quando o novo sistema entrou no ar.
No mês passado, após reclamação generalizada de clientes, a empresa passou por um problema de lentidão no processo de migração e importação de 400 mil clientes, o que deixou o serviço da exchange intermitente.
A Atlas também passa por problemas. Na última sexta-feira (25), um hacker conseguiu ter acesso aos dados da companhia e vazou informações sigilosas dos clientes, como nome, a quantidade de Bitcoins que eles possuíam, o telefone e o email, perfazendo um total de 264 mil dados de clientes expostos publicamente.
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