A revista britânica The Economist publicou na segunda-feira (15) um artigo que mostra sua visão atual do mercado de criptomoedas. Para o periódico, “uma revolução das criptofinanças parece mais distante do que nunca” e o Pix brasileiro e UPI indiano são apontados como sistemas mais baratos que transações em blockchain.
“Depois de parecer que poderia ameaçar refazer todo o sistema financeiro, a indústria das criptomoedas passou por um declínio espetacular”, ressalta o artigo.
Para contextualizar seus argumentos, a revista fez uma comparação dos números do mercado atual com os de 2021, quando o market cap cripto alcançou a casa dos US$ 3 trilhões. Agora, esse valor é de US$ 1,3 trilhão.
Outro ponto mencionado pela The Economist é a confiança do público nas criptomoedas, que, segundo a publicação, “atingiu o fundo do poço após uma série de fraudes e colapsos, principalmente a queda da exchange de criptomoedas FTX”.
O artigo também comenta a grande movimentação de corretoras cripto para os Emirados Árabes Unidos, que buscam principalmente a cidade de Dubai como uma alternativa aos EUA e Singapura.
Aliás, o país asiático foi considerado um grande hub das criptomoedas até os reguladores começaram a ditar novas regras, assim como ocorre atualmente nos EUA. A Binance e outras exchanges, como Crypto.com e Bybit, se estabeleceram em Dubai no ano passado, por causa da cobertura regulatória existente, ressalta o artigo.
Contudo, a The Economist diz que há esperança para o mercado de criptomoedas, citando a valorização do Bitcoin (BTC) neste ano no patamar de 70%, em meio à crise bancária dos EUA e altas taxas de inflação em países como Argentina e Nigéria, que são famintos por criptomoedas.
“Isso aponta para a verdade mais profunda, que é que os argumentos mais fortes para o uso de criptomoedas sempre foram onde as alternativas são as piores”, ressalta.
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Blockchain x Pix
O artigo afirma também que os bancos centrais acompanharam a evolução das criptomoedas e se precaveram para não perderem espaço com novas soluções de pagamentos.
“Por que pagar taxas para transacionar na blockchain Ethereum quando o UPI da Índia ou o Pix do Brasil são mais baratos?”. Foram com esses argumentos que o The Economist criticou a criação do sistema de Satoshi Nakamoto que surgiu com o Bitcoin. Para a revista, desde então “nenhum benefício realmente surgiu”.
Mas um ponto que a publicação considerou foi a necessidade de “rampas de acesso” para participar do setor cripto, citando as exchanges centralizadas e moedas pareadas ao dólar, “exatamente o que a criptografia afirma não precisar”.
Por fim, cita também a mineração de bitcoin que “traz enormes custos ambientais”.
The Economist já recomendou investimentos em criptomoedas
No passado, The Economist chegou a classificar as criptomoedas como “inúteis” e as comparado com “manias financeiras do passado”. No entanto, há cerca de dois anos, após anos de críticas, a revista recomendou aplicações em Bitcoin, ressaltando na época que uma carteira de investimentos diversificada é fundamental e que as criptomoedas se encaixam muito bem nessa estratégia.
A recomendação ficou por conta do jornalista John O’Sullivan, autor da coluna Buttonwood, que intitulou o artigo “Por que é sábio adicionar bitcoin ao seu portfólio de investimentos”. O’Sullivan lembra, no caso do Bitcoin, que ele é volátil por si só, mas que já produziu grandes ganhos, o que dentro de uma estratégia de longo prazo e diversidade traz ganhos.
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