Em entrevista à emissora EPTV, afiliada da Rede Globo em Ribeirão Preto (SP), o professor de Economia da USP, Marcelo Botelho, afirmou que o bitcoin não é rastreável, ao contrário do que dizem especialistas do mercado de criptomoedas.
Botelho, que comentou no âmbito do caso de invasão hacker da Prefeitura de Barrinha (SP), onde recentemente o sistema municipal ficou nas mãos de cibercriminosos que pediram resgate em bitcoin, disse o seguinte:
“Não tem como rastrear. Uma grande qualidade do bitcoin, mas que acaba sendo mal utilizada pelo mercado, por criminosos em fraudes e hackers, é essa questão de não ter como rastrear”, afirmou.
No entanto, a moeda de troca preferida por criminosos continua sendo o dólar, por sua baixíssima rastreabilidade, diferentemente do Bitcoin, que é facilmente rastreável.
Bitcoin é rastreável
Existem várias empresas de análise de blockchain capazes de escrever relatórios sobre o estado da rede, com base em sua capacidade de rastrear os fluxos de bitcoin entre os usuários.
Chainalysys é uma delas. Inclusive a empresa foi citada pelo Consultor de Segurança da Informação e COO da aCCESS, Leandro Trindade, que falou ao Portal do Bitcoin nesta segunda-feira (11).
“A blockchain é pública e auditável, é o mesmo que ter abertura do sigilo bancário de todo mundo no planeta”, disse.
E acrescentou:
“Apesar da carteira não conter o nome dos donos, quando esses Bitcoins passam por corretoras é possível para as autoridades associarem eles com a pessoa”.
O bitcoin é facilmente rastreável?, perguntou também a reportagem a Everton Melo, pesquisador de segurança e auditor de projetos de criptoativos.
“Facilmente não. Mas alguém que tem conhecimentos técnicos pode fazer sim”, respondeu.
Segundo ele, a partir do momento que o endereço existe, você consegue rastrear. Para exemplificar, Melo citou os bitcoins de Satoshi Nakamoto que estão parados desde a sua mineração.
“Se alguém fazer uma movimentação já dá pra saber quem é”.
Resgate em bitcoin
A reportagem da Globo, contudo, foi centrada na invasão hacker de Barrinha, que aconteceu no dia 28 de outubro. Na ocasião, o sistema da prefeitura barrinhense travou devido à ação. Tudo parou de funcionar.
Segundo o G1, o sistema ainda está travado. O pagamento dos servidores, que estava atrasado devido ao problema, foi pago manualmente na sexta-feira (08).
Depois que a polícia orientou o não pagamento em bitcoin a criminosos, os equipamentos da Prefeitura foram enviados a São Paulo para serem periciados por uma empresa especializada, diz a reportagem.
A ação dos hackers está sendo investigada como crime de extorsão, “uma vez que os criminosos querem obter vantagem econômica para desbloquear os sistemas”, concluiu.
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