Imagem da matéria: Criador da FTX escondeu R$ 1,6 bilhão em fundo das Bahamas antes de ser preso
O criador da FTX, Sam Bankman-Fried, testemunhando perante o Congresso americano. (Imagem: Reprodução/YouTube)

Sam Bankman-Fried, o fundador da corretora de criptomoedas FTX preso na segunda-feira (12), foi acusado pela Justiça das Bahamas de esconder US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) em uma empresa chamada Modulo Capital, registrada no país em maio deste ano.

Uma versão inicial deste artigo, baseada no Daily Mail, afirmou que era uma empresa brasileira, mas não incluiu o nome. Existe uma gestora baseada no Rio de Janeiro com o mesmo nome da entidade criada nas Bahamas.

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O Portal do Bitcoin conversou com o sócio da Módulo Capital, Alexandre Martins, que disse que a gestora não foi o destino do dinheiro da FTX.

Segundo ele, a companhia tem apenas cotistas brasileiros e o valor total de seus fundos está na casa dos R$ 300 milhões – muito inferior aos R$ 1,6 bilhão que teriam sido transferidos por SBF.

“É uma empresa homônima”, diz o executivo. “Fazemos o processo de KYC de todos os nossos cotistas e nenhum deles é de fora do Brasil”. Ele diz que já recebeu diversos telefonemas relativos ao caso desde a manhã desta quarta-feira (14).

O investimento do criador da FTX foi revelado durante o julgamento do seu pedido de fiança de US$ 250 mil, negado por um juiz das Bahamas, país onde ele está preso. 

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A fiança de Bankman-Fried foi negada horas depois de sua equipe jurídica ter notificado os tribunais das Bahamas de que pretendia agir contra qualquer ordem de extradição para os EUA, caso ela fosse solicitada. 

Os Estados Unidos e as Bahamas possuem um tratado de extradição em vigor desde 1994, que permite a qualquer país extraditar réus por acusações que seriam consideradas crimes em ambos os países e que podem acarretar penas de prisão de um ano ou mais. 

O processo é tipicamente administrativo, sem exigência ou oportunidade de argumentar culpa ou inocência. Bankman-Fried tem uma audiência de extradição marcada para 8 de fevereiro de 2023.

*Correção: O título e a primeira versão deste texto afirmaram que o fundo no qual SBF é acusado de esconder US$ 300 milhões é brasileiro. A informação, que foi atribuída ao Daily Mail, está errada. O texto e o título foram corrigidos.

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