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Vauld, uma plataforma de corretagem e empréstimo de criptomoedas com sede em Singapura, deve um total de US$ 402 milhões a seus credores, conforme noticiado pelo The Block.

Dessa quantia, US$ 363 milhões, ou cerca de 90%, foi supostamente depositada por investidores individuais do varejo, de acordo com um documento enviado ao Supremo Tribunal de Singapura no dia 8 de julho pelo CEO da Vauld, Darshan Bathija, e compartilhada com os clientes da empresa em um e-mail enviado no dia 18 de julho.

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O maior credor individual de varejo da Vauld supostamente deve US$ 34 milhões.

A empresa também deve um total de US$ 125 milhões a seus 20 maiores credores sem garantia, além de US$ 35 milhões a um credor sem garantias que não foi identificado.

Outro credor com garantias é FTXTrading Ltd — a corretora cripto fundada por Sam Bankman-Fried —, a qual a Vauld deve US$ 4,1 milhões.

Segundo documentos judiciais e testemunhos, a Vauld possui US$ 287,7 milhões em diversas criptomoedas, incluindo bitcoin (BTC), ether (ETH) e XRP.

Porém, os ativos totais da empresa são equivalentes a cerca de US$ 330 milhões, pois o termo de declarações não inclui saldos bancários. Isso significa um déficit de aproximadamente US$ 70 milhões, informado pela empresa em outro relatório.

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Vauld pede recuperação judicial em Singapura

Vauld, apoiada por diversos grandes investidores, incluindo Valar Ventures, de Peter Thiel, Pantera Capital e Coinbase Ventures, suspendeu suas operações no dia 4 de julho, citando dificuldades financeiras em meio a voláteis condições de mercado.

Estamos confiantes de que, com a orientação de nossos consultores financeiros e jurídicos, seremos capazes de chegar a uma solução que irá proteger melhor os interesses dos stakeholders da Vauld.

Enquanto isso, tomamos a difícil decisão de imediatamente suspender todos os saques, negociações e depósitos na plataforma Vauld.

Em uma publicação da semana passada, a empresa também revelou ter enviado um pedido de proteção contra credores e processos judiciais a um tribunal em Singapura, algo que supostamente lhe daria “um fôlego” necessário conforme se prepara para a reestruturação prevista.

Uma ordem moratória de Singapura é “geralmente similar ao pedido de recuperação judicial do tipo ‘Chapter 11’” da lei de falências americana, pois permite que a empresa evite uma interrupção completa das operações e a liquidação de ativos enquanto tenta “chegar a um acordo com seus credores, buscar novas fontes de financiamento ou reestruturar seu negócio”, explicou Yuankai Lin, associado do escritório de advocacia RPC Premier Law, ao Wall Street Journal.

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Enquanto isso, a Vauld continua tendo discussões com a credora cripto Nexo que, no início de julho, anunciou sua intenção em adquirir a empresa, no aguardo de um período exploratório de 60 dias de “due diligence” — ou a “auditoria prévia” feita antes de uma possível aquisição.

“Nossa tarefa mais importante agora é verificar se uma reformulação liderada pela Nexo pode fazer com que a empresa prospere novamente e se poderá ser rentável com nosso modelo de negócios e cultura empresarial”, disse Antoni Trenchev, sócio-gerente da Nexo, ao Decrypt na época.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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