A Bitso, corretora mexicana com operação no Brasil, anunciou na terça-feira (7) que será a principal provedora de serviços relacionados a criptomoedas para a Chivo, a carteira de bitcoin desenvolvida pelo governo de El Salvador.
Ontem, o país da América Central se tornou se tornou o primeiro do mundo a adotar o bitcoin como moeda oficial. Com a mudança, a principal criptomoeda em valor de mercado passou a ter o mesmo peso do dólar, dinheiro oficial da nação.
“Estamos animados para trabalhar com El Salvador nesta oportunidade sem precedentes de levar aos cidadãos do país o acesso universal ao bitcoin”, disse Santiago Alvarado, VP da Bitso Business, em comunicado.
Na nota, a Bitso também falou que trabalhará com o Silvergate Bank, uma instituição financeira regulada nos Estados Unidos, para facilitar as transações em dólares norte-americanos.
A carteira possibilita pagamentos com bitcoin ou dólares entre pessoas físicas e negócios. Usuários também podem converter automaticamente BTC para dólar ou manter a criptomoeda em suas carteiras.
Lançamento falho
O lançamento da wallet ontem nas lojas de aplicativos do Android e do IOS, no entanto, não foi nada bom. A carteira digital, conforme comunicado divulgado pela secretaria de comunicação de El Salvador, enfrentou problemas.
“Por alguns momentos, a carteira Chivo não funcionará. Nós a desconectamos enquanto aumentamos a capacidade dos servidores de captura de imagens. Os problemas de instalação que algumas pessoas tiveram foram por esse motivo. Preferimos corrigir antes de reconectar”, disse o presidente Nayib Bukele.
Bukele publicou nesta manhã em seu perfil Twitter que o problema teria sido resolvido.
Adoação de Bitcoin em El Salvador
A adoação do Bitcoin em El Salvador agradou a comunidade cripto ao redor do mundo. Organizações internacionais e a população do país, por outro lado, não curtiram muito a ideia.
Na semana passada, as ruas da capital São Salvador foram tomadas por protestos contra a medida. Cidadãos seguravam placas com frases “Bukele, não queremos bitcoin” e “não à lavagem de dinheiro”.
Também na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a afirmar que não aconselha a adoação do BTC. “Criptoativos de emissão privada, como o bitcoin, apresentam riscos substanciais. Torná-los equivalentes a uma moeda nacional é um atalho desaconselhável”.