“Estamos nos preparando para a viagem”, disse o jornalista especializado em criptomoedas Cássio Gusson, após o fim da campanha “Jojo vai para Rússia”, que arrecadou R$ 280 mil para o tratamento com células-tronco de sua filha Joana, de cinco anos. Jojo, como é chamada entre familiares e amigos, nasceu com uma mutação genética no gene MEF2C, que causa epilepsia de difícil controle e autismo.
Ao Portal do Bitcoin, Gusson contou sobre os próximos passos dessa longa jornada que deve durar pelo menos mais 6 meses. Segundo ele, o voo estava marcado para a próxima quarta-feira, mas houve uma mudança no protocolo anti-Covid na Holanda, onde eles iriam trocar de avião. “Mudou o voo para sexta-feira agora com escala em Paris”, disse ele, explicando que a mudança ocorreu de última hora.
“A gente vai encontrar com o médico em Moscou para fazer alguns exames — a Joana já fez alguns exames nesta semana, uma bateria de 15 exames — e daí ele vai encaminhar ela para o tratamento, que vai ser uma infusão de sangue. Tem o período pré e o período pós para quem recebe essa bolsa de sangue. No Brasil, já temos agendado a terapia TheraSuit que eles indicam após a infusão porque depois do tratamento o cérebro tem uma carga grande de estímulo neurossensorial”, explicou o jornalista.
As infusões de células-tronco estão previstas uma em junho, outra em novembro, que é o tratamento completo para Jojo, e serão feitas no Samara Regional Medical Center Dinasty, instituição referência no país para o tipo de tratamento. Após a primeira etapa, a família volta ao Brasil para outra sequência de tratamento indicada para quem recebe a infusão de células-tronco e depois vem a segunda etapa, que é o retorno para a Rússia em novembro para a segunda aplicação.
Comunidade de criptomoedas abraçou campanha
“Obrigado por compartilharem o amor”, disse Gusson na manhã desta terça-feira (25) de hoje em um artigo em que agradece ao apoio recebido. Ele trabalha para a versão brasileira do site Cointelegraph onde cobre notícias do mercado de criptomoedas.
A campanha da Jojo ocorreu por meio da plataforma Vakinha, que arrecadou R$ 82.978,96 de 631 apoiadores. A outra parte veio da comunidade de criptomoedas onde vários apoiadores anônimos fizeram suas contribuições em bitcoin, ethereum, dogecoin, entre outros ativos, totalizando 26.000 USDT — Cássio convertia toda cripto recebida na stablecoin pareada ao dólar, ou seja, na cotação de hoje foram doados R$ 140 mil doados.
No início de abril, por exemplo, a campanha ganhou um reforço. Artistas brasileiros doaram suas artes digitais para um leilão na plataforma especializada em NFTs Open Sea, que foram arrematadas pela exchange global de criptomoedas OKex. Ao final, o valor doado foi de US$ 9.129 (cerca de R$ 48 mil). A empresa vai sortear as artes em uma rede social.