Evento
Participantes de debate durante a NFT.Rio

A tarde desta quinta-feira (30) no NFT.Rio começou com uma discussão sobre o mercado da arte em tempos digitais, no qual um quarteto de especialistas debate como o surgimento dos NFTs e sua popularização transformou o mercado de artes tradicionais.

Entre os participantes da conversa está Fábio Szwarcwald, um economista mais conhecido por atuar como diretor do Parque Lage e do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. No início do ano, Szwarcwald deixou o cargo no MaM para virar sócio e diretor de arte da Tropix, um marketplace de NFTs.

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Ele conta que a primeira vez que ouviu falar de NFT foi no começo de 2021. “Eu lembro que meu primeiro contato com esse mundo foi quando o CEO da Tropix me ligou para perguntar se eu sabia o que era NFT. Eu comecei a olhar esse mercado e achei uma loucura. Logo percebi que essa é uma transformação que vai acontecer no mundo da arte, algo que as pessoas só vão entender quando começarem a utilizar”, declara.

Para virar essa chave, ele argumenta que é preciso que colecionadores, artistas, galerias e instituições de arte entendam como essa tecnologia pode ajudá-los. “Eu, trabalhando em instituições culturais, vendo todo esse movimento de hoje, entendo que a digitalização é um caminho sem volta. Afinal, temos necessidades diferentes agora”.

Marco histórico

Junto com ele no debate estava João Vergara, diretor executivo do arte clube Jacarandá, e Ciça Fortes, pesquisadora de cripto arte e NFTs.

Para a especialista, um marco histórico para o avanço dos NFTs que fez o mercado de arte tradicional passasse a olhar para essa tecnologia com mais seriedade foi quando o artista conhecido como Beeple teve um obra leiloada por quase US$ 70 bilhões na Christie’s, uma das casas de leilões mais tradicionais no mundo.

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“No início havia um receio de que NFT iria substituir a arte, mas as pessoas perceberam que uma coisa não exclui a outra. Ainda assim, a adoção do pessoal da arte tradicional nesse novo setor é baixa. Como toda novidade, NFTs assustam, as pessoas estão pensando se vão entrar ou não”, explica Fortes.

Para ela, embora o primeiro sentimento ao diferente seja de medo e rejeição, galerias e museus ao redor do mundo já começaram a entender NFT como oportunidade e testá-los para seu benefício próprio. “Esse freio de arrumação que veio com o inverno cripto é bom para entender o que tem nesse mercado para além da euforia, quais outros desdobramentos no quesito artístico nós podemos explorar neste início de amadurecimento do setor de NFT”, finaliza.

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