Executivo responsável por projeto de criptomoedas do BTG Pactual agora toca revista Exame
André Portilho, do BTG Pactual (Foto: Fred Borba/Blockrypto)

“Começamos a olhar o mercado de criptomoedas e mais parecia o mercado financeiro brasileiro dos anos 90 falando em termos de arbitragem”, disse André Portilho, um dos sócios do banco de investimentos BTG Pactual.

Portilho estava no palco da conferência Blockcrypto, que ocorreu na terça-feira (16) e quarta-feira (17), na Fecomercio, em São Paulo.

Publicidade

O executivo contou que somente em 2017 que o banco montou uma equipe multidisciplinar para estudar o assunto: “Depois de operarmos, vimos que a essência da tecnologia era interessante”.

O que mais o impressionou então era que os ICOs, apesar dos scams e projetos sem sentido, era maneira das startups captarem dinheiro de forma global e sem intermediários. “Isso não tinha precedentes no mercado”.

Com uma fala clara e direta, Portilho expôs o plano do banco para criar um criptoativo. A decisão por ativos ligado a imóveis foi motivada por ser um produto se conhecimento geral.

O lançamento fora do Brasil e Estados Unidos foi por questões regulatórias, visto que a legislação brasileira ainda não se encaixa nesse tipo de tecnologia. Diplomático, o executivo do BTG afirmou que, apesar de tudo, o relacionamento com os reguladores minha sendo muito positivo.

Publicidade

Coincidência ou não, no final de julho, durante apresentação do Relatório Trimestral de Inflação, presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campo Neto, voltou a falar de criptomoedas e afirmou que os ‘token assets’ eram uma tendência no mundo.

O laboratório de estudo do BTG criou então token ReitBZ, baseado em um ERC 20 da Ethereum, e fez uma oferta de US$ 15 milhões. “A emissão ocorreu 31 de maio e a oferta foi quase toda vendida”, disse.

As conclusões do experimento foram diversas, mas no geral positivas: “A primeira foi que a tecnologia não é uma barreira. Ela é boa e replicável”.

Do ponto de vista da distribuição, porém, houve ressalvas: o cliente do varejo, disse Portilho, não quer saber dos conceitos de chaves privadas e públicas. “Para o investidor comum, enquanto houver essa barreira não vai ter adoção em massa. A tecnologia precisa ser invisível”.

Publicidade

Na sua visão, do lado institucional há um grande problema: o da custódia. “Não vejo solução sem empresas que tenham uma boa reputação”.

Apesar dos problemas, ele mantém uma visão positiva e acredita que o mercado pode ser totalmente alterado com a DLT e a blockchain.

“A tecnologia democratiza o acesso ao investimento. Ela conecta o investidor ao mercado global, o que é algo que hoje em dia só quem tem muito dinheiro pode fazer”.


Compre Bitcoin na Coinext 

Compre Bitcoin e outras criptomoedas na corretora mais segura do Brasil. Cadastre-se e veja como é simples, acesse: https://coinext.com.br

Talvez você queira ler
Pedro do Flamengo vai para cima de Alisson do São Paulo em final da Copa do Brasil

Jogo do São Paulo contra Flamengo terá ingressos tokenizados; veja preços

O “Smart Ticket” começou a ser vendido na terça-feira (28) pelo app do clube paulista, e vale para o jogo de 6 de dezembro no Morumbi
Ricardo e Camila, criadores do projeto Bitcoin é Aqui posam para foto

Conheça a pequena cidade brasileira que se tornou local com maior taxa de adoção do Bitcoin no mundo

Município do Rio Grande do Sul adota o Bitcoin como meio de pagamento para cortes de cabelo e cafés e chegando até em terrenos
Imagem da matéria: Polícia do Rio pede ajuda da população para encontrar líderes de pirâmide financeira cripto; veja fotos

Polícia do Rio pede ajuda da população para encontrar líderes de pirâmide financeira cripto; veja fotos

Anderson e Mabia de Almeida eram diretores da Trion Invest, esquema fraudulento de criptomoedas que lesou cerca de mil pessoas em Niterói
Agentes da PF e Receita cumprindo mandados de apreensão

Polícia Federal derruba quadrilha de doleiros que usava criptomoedas para praticar evasão de divisas

Na estimativa das autoridades, o esquema criminoso movimentou pelo menos R$ 4 bilhões de forma ilegal