Imagem da matéria: Como Fazer uma Analise Fundamentalista com Bitcoin
Foto: Pexels

Existe analise fundamentalista para criptomoedas?

Quando falamos de bitcoin, a primeira imagem que nos vem a cabeça é aquele gráfico maluco de uma subida vertiginosa seguida por tombos monumentais, nessas idas e vindas, nesses altos e baixos nesses obituários e renascimentos que o ecossistema do bitcoin é formado.

Nesse cenário, muitas analises técnicas surgem na internet, eu não vim aqui falar se analise técnica funciona ou não(funciona). E sim refletir um pouco do que sería a analise fundamentalista voltada para criptomoedas ou criptoativos.

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Ou melhor, como fazer uma analise fundamentalista do Bitcoin(projeto), para poder precificar o bitcoin(ativo). Em resumo seria quais pontos eu devo considerar para mensurar de alguma forma o valor do Bitcoin como projeto, e a segurança somada ao uso da sua rede.

Análise fundamentalista

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Análise fundamentalista (ou Análise fundamental) é a análise da situação financeira, econômica e mercadológica de uma empresa, um setor ou dado econômico, uma commodity ou uma moeda e suas expectativas e projeções para o futuro.[1]

A análise fundamentalista é um campo da análise econômica que lida com um amplo espectro de análises e interpretação das mesmas; indo da macro à microeconomia, passando por finanças internacionais até ciências política e econômica[2].

O Bitcoin não é uma empresa, então nossa analise fundamentalista não terá balancete anual, faturamento nem lucro, nesse sentido para poder analisar o bitcoin como um todo, devemos focar em outros dados de forma poder interpretar o que poderia vir a ser uma analise fundamentalista.

Minha experiência com bitcoin começou com uma curiosidade por criptografia em meados de 2012/13 e naquela época a capitalização de mercado era inferior a 200 milhões de dólares. Porém o bitcoin ja tinha seu uso prático, e estava começando a sair da mão de um pequeno grupo de aficionados por criptografia e sendo utilizado em diversos mercados na web. Além de estar se provando resistente a censura como no caso da Wikileaks, que começou a utilizar bitcoin para se livrar do bloqueio imposto por empresas a organização.

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Desde 2015 eu dediquei bastante tempo ao trading, e sofri junto com o mercado em 2014 e 2015 “a grande depressão”, uma queda de 1260 dólares para 160 em um periodo de meses onde “fundamentalmente” falando a maior bolsa naquele momento (mtgox) declarou falência devido ao desaparecimento de uma enorme quantidade de Bitcoins(800k), que provavelmente foram despejados durante esse periodo de bear market(2014/2015), sem contar com envolvimento do um robô para “pumpar o mercado” chamado de “willy-bot”(2013) e praticas de fractional reserve por parte da mt.gox, enfim o Mark Karpeles não é nenhum santo.

O fato é que eu percebi que para poder sobreviver nesse mercado só existiria uma forma de me proteger de toda volatilidade e insegurança a respeito do preço do bitcoin, era entendendo cada vez mais a tecnologia por trás. Somente dessa forma você pode formar uma opinião mais sensata sobre o que pode ou não acontecer, e mesmo assim errar feio, porém é bem melhor do que você ficar perdido em meio aos FUDs e as euforias.

0x. Bitcoin é um experimento.

Photo by SpaceX on Unsplash

E como todo experimento pode dar m…

Essa premissa é a principal, com isso em mente você pode começar a experimentar com essa tecnologia, nesse ponto que entram as dicas “não invista mais do que pode perder” e etc…

Mas já que é um experimento, o entusiasta/investidor deverá entender em que buraco está se metendo, e a melhor forma é metendo a mão na massa, guardando suas chaves privadas e armazenando cuidadosamente seu bem.

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Assim como outros protocolos HTTP, TCP/IP, DNS, UDP o Bitcoin necessita de adoção.

Em que momento o TCP/IP conseguiu se estabelecer e desbancar iniciativas milionárias como o Open Systems Interconnection financiadas por governos e em conformidades com reguladores e afins. Lógico que no caso do Tcp/ip o invento da world wide web por parte de Tim Berners-Lee ajudou a propagar o protocolo que além de ser uma solução mais simples era mais rápido e conversava com mais maquinas que o seu rival.

Em resumo para saber como esse experimento está funcionando, devemos focar na adoção e nas possíveis implementações (fork, hard-forks, updates).

Como saber qual é a curva de adoção dessa tecnologia?

1. Hashrate conta e muito o/

Hashrate ou Hash Power é a capacidade de hashes que a rede de mineração é capaz de produzir, seria o poder de processamento da rede, e isso é o que dá a segurança para a rede do bitcoin, em função da dificuldade que é de burlar a rede, pois é financeiramente inviável. Um ataque a rede custa bilhões de dólares para burlar somente por 10 minutos.

Por que isso é importante ? Porque isso reflete o investimento na rede não somente por parte de equipamento, plantas de mineração mas também como demonstra uma expectativa de investimento a longo prazo.

2. Número de transações por dia na rede 😀

Transações de bitcoin confirmadas por dia

O número de transações na rede é uma ótima métrica para entender o que como a rede esta sendo utilizada diariamente.

3. Cenário Econômico/Geopolítico

“Fight Tyranny sign with Trump’s face on it in the basket of a bicycle” by Samantha Sophia on Unsplash

Esse para mim depois da adoção e uso prático e discussões sobre a tecnologia em si é outro ponto muito importante. No inicio o bitcoin não era levado a sério, porém hoje em dia ele é discutido em diversos ambientes desde governamentais assim como no próprio FMI. Portanto o bitcoin entrou no cenário geopolítico, não somente como antes gostavam de referenciar como uma moeda pra comprar drogas na deep-web, ou financiar terroristas. Mas agora se mostra como uma camada segura para realizar transações na internet, de forma independente de bancos, governos ou outros intermediários. Um fato que os primeiros adeptos da tecnologia perceberam logo de inicio agora estão entendendo o valor do bitcoin e sua blockchain.

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O cenário político não influi diretamente no preço, porém muitas vezes os operadores/traders/investidores se aproveitam de cenários geopolíticos para levar o preço em determinada direção, um exemplo foi quando o Trump ganhou a eleição o preço do bitcoin subiu instantaneamente. Ou uma crise como a da Grécia que na época escrevi esse texto em parceria com a foxbit, na qual a Grécia não influenciava diretamente no preço uma vez que o volume de bitcoin mundial lá era ínfimo mas gerava hype sobre a condição da capacidade dos países europeus de pagarem suas dívidas e naturalmente o bitcoin aparece em questão assim como também ocorreu com a corrida bancária que ocorreu no Chipre em 2013.

4. O número de Commits no github

Github é a plataforma onde o código do bitcoin é compartilhado e aprimorado, e commits é o nome que se da quando um programador atualiza, em outras palavras é a forma de medir o comprometimento da comunidade de desenvolvedores ou o engajamento.

 

No github você pode ter o acesso ao código-fonte e como ele é produzido por diversas pessoas ao redor do mundo.

5. Diferentes estágios de investimento

De 2013 a 2017 , foi o período onde os primeiros fundos de Venture Capital começaram a investir no ecossistema, a partir de 2017 foi quando outros players começaram a entrar também, bancos e consorcio de bancos começaram a participar ativamente de investimentos e modelagem de novos negócios envolvendo Blockchain.

 

E vocês? Quais outros critérios consideram importante para uma analise fundamentalista em Criptomoedas?

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