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A corretora Coinbase vendeu um software que permite rastrear e identificar pessoas para o Immigrations and Customs Enforcement (ICE), um órgão do governo dos EUA responsável por identificar imigrantes ilegais, fazer prisões e iniciar processos de deportação – e pode ter fornecido junto dados potencialmente sigilosos de localização de usuários. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (30) em reportagem da versão americana do portal The Intercept.

A negociação envolve o Coinbase Tracer, uma ferramenta de rastreio em blockchains da corretora. Segundo a reportagem, isso a princípio poderia parecer um serviço para identificar endereços e operações, como outros que já existem no mercado.

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No entanto, no contrato entre as partes está previsto que a Coinbase deve fornecer “dados históricos de geolocalização”. A reportagem do The Intercept afirma que não está explícito nos documentos quais seriam esses dados.

A Coinbase, em resposta ao veículo de comunicação, disse que fornece dados que são públicos e disponíveis em blockchain e que não disponibiliza dados pessoais dos clientes.

Porém, por meio da Lei de Acesso à Informação, outro ponto veio à tona: a Coinbase não pediu que a ICE assinasse uma licença padrão que normalmente é colocada em contratos, dizendo que o comprador do serviço não pode cometer abusos no uso do software.

Quanto aos valores, os documentos mostram que, inicialmente, em agosto de 2021 a Coinbase vendeu uma licença única para a ICE por US$ 29 mil. Depois, no entanto, houve uma compra de software que potencialmente chegou a US$ 1,36 milhões.

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No Twitter, o criador da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, foi perguntado se poderia dizer que a empresa não tem a mesma prática. O empresário garantiu que não.

O The Intercept ressalta que a própria origem do Coinbase Tracer já foi cercada de controvérsias. Em 2019, a corretora comprou a empresa Neutrino, que fazia análise de dados de blockchain. Essa companhia foi fundada pela Hacking Team, um grupo italiano controverso por vender softwares de espionagem para países como Etiópia, Arábia Saudita e Sudão.

Após a história ter sido revelada pelo portal Motherboard, a Coinbase afirmou que as pessoas envolvidas deixariam a empresa.

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