Imagem da matéria: Clientes vão ter que ir a corretoras de criptomoedas para abrir contas na Tailândia
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A Agência de Combate à Lavagem de Dinheiro da Tailândia (AMLO) anunciou que a partir de setembro as exchanges de criptomoedas devem introduzir no KYC (sigla em inglês para ‘Conheça seu Cliente’) a verificação de identidade através de um sistema de escaneamento chamado ‘dip chip’. Isso obriga os novos usuários a comparecerem na empresa para fornecer uma cópia digital do seu documento de identidade.

De acordo como o Bangkok Post, as novas regras podem inibir o crescimento do setor de criptomoedas no país, segundo comentários de especialistas do setor. Isso porque até então todas as etapas do processo de abertura de conta são realizadas eletronicamente, desde o envio do formulário de inscrição até a verificação da identidade do cliente e a aprovação da conta.

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Poramin Insom, por exemplo, que é cofundador e diretor da exchange de criptoativos Santang Corp, a nova regra pode atrapalhar o desenvolvimento do setor no país, pois a maioria das plataformas têm se preparado para uma grande demanda de contas. Só no final do ano passado foram abertas 160.000; em abril, os tailandeses somaram quase 700 mil contas, afirmou o jornal.

“A maioria das trocas de ativos digitais ainda está ocupada preparando seus sistemas para acomodar o número crescente de clientes à medida que novos aplicativos de conta continuam a entrar. No entanto, esse crescimento pode ser contido se o processo de inscrição se tornar mais complicado”, disse Poramin ao Bangkok Post.

Exchanges vão se reunir

Segundo ele, as empresas de criptomoedas estão planejando um evento junto à Associação Comercial de Operadores de Ativos Digitais da Tailândia para debaterem o tema e assim poder levar uma sugestão aos órgãos reguladores — AMLO e Comissão de Valores Mobiliários. Ele afirmou também que atualmente as exchanges já têm o dever de informar qualquer compra acima de ฿ 1,8 milhão (baht, moeda da Tailândia) — cerca de US$ 60 mil.

A nova exigência, no entanto, não é novidade no setor de ativos, pois já ocorre com os compradores de ouro. Segundo o empresário Thanarat Pasawongse, presidente-executivo da loja de ouro Hua Seng Heng, a maioria dos estabelecimentos já usam o ‘dip chip’ há pelo menos 4 anos por ser mais seguro que uma fotocópia.

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