Imagem da matéria: Cerca de 800 mil máquinas deixaram de minerar Bitcoin, diz CEO da F2Pool
(Foto: Shutterstock)

Em meio às recentes quedas no preço do bitcoin, milhares de mineradoras de criptomoedas podem ter fechado as portas em novembro, segundo a Coindesk, citando dados da F2Pool.

De acordo com a publicação de segunda-feira (26), o número de máquinas desligadas do setor de mineração está entre 600.000 e 800.000.

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Mao Shixing, fundador da F2Pool, uma das mais antigas pools de mineração, disse à reportagem que a estimativa leva em conta a queda total na rede e o poder médio de hash das máquinas de mineração mais antigas que estão tendo dificuldade em gerar lucros.

O hashrate da rede bitcoin caiu de 47 milhões de TH/s (Terahash por segundo), para 41 milhões de TH/s entre 10 e 24 de novembro – menos 13%, conforme dados do blockchain.info.

(Fonte: blockchain.info)

Shixing explicou que a maioria dos mineradores que desistiram de explorar o bitcoin é provavelmente os detentores de equipamentos mais antigos, como o Antminer T9 + da Bitmain ou o AvalonMiner 741 da Canaan Creative.

“Isso é o que está acontecendo entre os mineradores na China”, disse ele.

De acordo com o índice de receita de mineradoras da F2Pool, esses equipamentos, que têm um poder médio de 10TH/s, não conseguem mais gerar lucros.

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“É difícil calcular um número preciso de mineradores que saíram da nossa plataforma, mas vimos dezenas de milhares deles baixarem as portas nos últimos dias, conforme nossas conversas com os maiores mineradores que estamos sempre em contato”, explicou Shixing.

Há poucos dias, um vídeo (compartilhado pelo @cnLedger, uma fonte confiável da China) que mostrava pessoas jogando supostas máquinas de mineração de criptomoedas na rua tornou-se viral na comunidade.

Muitas pessoas estavam duvidando da situação, porém, uma segunda foto foi compartilhada pelo cofundador da F2Pool confirmando as informações.

“Depois do crash do mercado de ontem, dezenas de milhares de mineradoras foram fechadas por nossos clientes”, disse ele, sempre se referindo à queda repentina de preços do bitcoin.

Aumento de custo

Shixing disse que além da decadência do bitcoin há vários fatores que contribuíram para a saída das mineradoras.

Dentre eles, o recente fork do bitcoin cash, o aumento nos custos de eletricidade na China devido à chegada do inverno e o fato de que os fabricantes chineses têm lançado novos equipamento para o setor, o que torna as máquinas mais antigas cada vez menos competitivas.

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“Todos esses fatores estão se sobrepondo agora, o que levou a esse fenômeno recente”, disse ele.

No entanto, ele disse que o fato das mineradoras terem se desconectado não significa que elas estão completamente fora do jogo. Ele exemplificou que a atividade de mineração é  um processo ajustado dinamicamente, ou seja, quando o hashrate cai, o mesmo acontece com a dificuldade de mineração.

Os dados mais recentes mostram que a dificuldade de mineração de bitcoin já diminuiu ligeiramente em 5% nos últimos dias. Esse processo ajustado dinamicamente pode dar uma sobrevida para muitos mineradores.

“A mudança na dificuldade de mineração do bitcoin normalmente tem um atraso de cerca de 14 dias [após a mudança do hashrate]. Depois dessa onda de paralisações, os mineradores que optaram por ficar, têm chances de conseguir se levantar”, concluiu Shixing.


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