Caso Bitcoin Banco mostra os riscos de investir em criptomoedas, diz TV do Ratinho

Imagem da matéria: Caso Bitcoin Banco mostra os riscos de investir em criptomoedas, diz TV do Ratinho

(Imagem: Reprodução/Youtube)

A corretora brasileira de bitcoin NegocieCoins também foi notícia no Tribuna da Massa, programa transmitido pelo SBT do Paraná, que pertence a Carlos Roberto Massa, o Ratinho.

Apresentado diariamente por Robson Silva, a edição de terça feira (13) abordou o caso da corretora do Grupo Bitcoin Banco (GBB), que inclusive vem sendo repercutido pela grande mídia desde o último domingo.

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“Você acredita em dinheiro fácil ou não? Já ouviu aquela história de quando o milagre é demais o santo desconfia? Você é igual o São Tomé e só acredita vendo?”, questionou Silva na abertura da matéria.

Antes de exibir a reportagem, o apresentador disse que tem um amigo que insistentemente o tem procurado para que ele invista em bitcoins. No entanto, Silva revelou ser cético no assunto.

“Eu acredito em dinheiro suado. Eu só acredito em dinheiro que vem do fruto do trabalho, mas tem gente que acredita”, disse Silva, acrescentando:

“Empresários paranaenses perderam milhões nessa história”.

Bitcoin Banco na TV

A reportagem “Cuidado ao investir, pode ser perigoso” abordou fatos que vem ocorrendo desde maio deste ano, quando o Bitcoin Banco começou a limitar os saques alegando que havia sido vítima de fraudes.

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Destacou, também, os processos que o Grupo tem respondido, valores bloqueados pela Justiça e as promessas de solução que não foram cumpridas pelo fundador e dono da empresa, Cláudio Oliveira.

“O caso do Bitcoin Banco mostra os riscos de quem pensa em investir em moedas virtuais. Apesar do nome, na verdade não é um banco e nem sequer uma instituição financeira e, portanto, não está sujeito aos controles e regulamentos do Banco Central”, frisou a reportagem.

Na volta, o apresentador disparou:

“As pessoas sofrem uma verdadeira lavagem cerebral”

E explicou o por quê. Ele revelou que conhece pessoas que estão “24 horas por dia pensando nisso”. Pessoas que, segundo ele, já venderam casa, carro e até pegou dinheiro emprestado no banco para investir em negócios como este.

Ele mesmo diz que foi por diversas vezes convidado por amigos  a entrar no negócio e rejeitou.

“Não, peraí, vou esperar você ficar rico primeiro, põe lá teu dinheiro, se tu ficar milionário eu vou atrás”, falou.

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Ratinho e bitcoin

Vale lembrar que, em abril deste ano, Ratinho participou de uma conferência promovida pelo Bitcoin Banco chamada ‘Universo Bitcoin’, que aconteceu no hotel Unique, em São Paulo.

Na ocasião, Cláudio Oliveira começava a mudar de postura e passava a se se expor mais em eventos e na imprensa.

Ele até ganhou do apresentador Amaury Júnior, também presente naquele evento, o apelido de ‘Rei do Bitcoin’, quando enaltecia o Bitcoin Banco em seu homônimo programa de TV.

Aliás, Amaury Júnior foi criticado por internautas quando no início de julho postou uma foto no Instagram ao lado de uma funcionária do Bitcoin Banco. Horas depois a imagem foi deletada, supostamente devido aos diversos comentários negativos sobre a empresa.

Tribuna da Massa - Maringá (13/08/19) - Edição completa

Crise do Bitcoin Banco

Desde o dia 17 de maio que o Bitcoin Banco vem segurando os saques de clientes. A empresa afirmou que a crise ocorreu devido a uma invasão hacker, que gerou R$ 50 milhões de prejuízo.

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O GBB disse por meio de seu presidente à época, Cláudio Oliveira, que alguns clientes mal-intencionados teriam efetuado saques duplos. A empresa chegou a levar o caso à polícia.

Justiça do Paraná, por meio da 25ª Vara Cível de Curitiba, mandou intimar as empresas do grupo econômico, formado pela CLO participação e investimentos S/A; Grupo Bitcoin Banco; as exchanges Negociecoins e TemBTC entre outras a apresentar um documento produzido por uma auditoria externa independente a fim de atestar as supostas fraudes praticadas pelos requeridos.

Além disso, os saques suspensos motivaram aqueles investidores que não puderam ter acesso ao seu dinheiro e a tampouco às suas criptomoedas a entrarem com ações judiciais.

Numa outra ação, a Justiça mandou bloquear quase R$ 6 milhões das principais empresas do grupo. Contudo, as contas estavam vazias. O valor bloqueado foi de R$ 130 mil, sendo R$ 122 mil na BAT exchange.

Em uma das ações, os carros de luxo do empresário chegaram a ser confiscados. As partes, contudo, chegaram a um acordo, que está em segredo de Justiça, e os veículos ficaram na garagem da empresa.