Imagem da matéria: “Bitcoin Não é Confiável Como Reserva de Valor”, Diz José Serra
Político do PSDB José Serra escreveu sobre blockchain (foto: Pedro França/Agência Senado)

O senador e ex-candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, escreveu ontem um artigo para o jornal Estado de São Paulo no qual destrincha os mecanismos de funcionamento do Bitcoin para, ao final, adotar um tom crítico.  

Ele recupera alguns dados interessantes, como a primeira compra de um produto com a criptomoeda — duas pizzas de US$ 25 que foram compradas por 10 mil Bitcoins em 2009 (na verdade, a data correta é 2010), o que daria 100 milhões de dólares hoje. E também menciona a clássica comparação com a febre das tulipas na Holanda.

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O problema

Mas o político, que também é economista, faz um caminho didático sobre dinheiro eletrônico. Ele descreve os processos de transferência por meio das chaves criptografadas e o papel dos mineradores na detecção de fraudes, que sempre pressupõem que a senha privada não seja roubada. “Aí está o problema”, escreve Serra, “no bitcoin não há uma autoridade central que tenha poder de reverter transações ilegítimas”.

O tucano entendeu bem o funcionamento do blockchain e descreve o processo como à prova de fraudes:

“Quem quisesse fraudar os registros teria de ter capacidade de processamento maior do que a soma dos demais participantes, pois precisaria refazer todo o encadeamento de autenticações em velocidade superior à dos demais mineradores. Impossível”.

Para ele, o mérito do Bitcoin é o blockchain, uma inovação técnica que será capaz de reduzir os custos de transações, registros de propriedade e contratos. Contudo, sobre a primeira moeda digital em si, o texto é bastante crítico.

Ineficiências

Como meio de pagamento, é ineficiente. Como unidade de conta, diz, tem um problema o valor oscila muito e os preços flutuariam em excesso. Além disso, também não seria confiável como reserva de valor. O argumento de Serra é o seguinte:

“embora o sistema preveja uma oferta final de 21 milhões de bitcoins, nada impede que outras criptomoedas inundem o mercado, reduzindo o valor de todas”.

Apesar das críticas, o ex-candidato a presidente nota que as aplicações de novas tecnologias na economia são imprevisíveis. “O caminho para sua utilização prática é tortuoso, dramático e surpreendente, em geral fazendo chacota dos futurólogos”, finaliza.

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O tempo dirá se sua previsão sobre o Bitcoin não se tornará motivo de chacota.

 

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