Bitcoin fecha outubro com a maior valorização mensal desde dezembro de 2020

O bitcoin valorizou quase 40% ao longo de outubro. O que novembro reserva para a criptomoeda?
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Dinheiro de investidores institucionais pode criar novo bull run (Foto: Shutterstock)

O Bitcoin (BTC) não contrariou a sua tendência histórica de preços e, como já era esperado, outubro foi o melhor mês para a criptomoeda em 2021. Nos últimos 31 dias, o bitcoin acumulou um ganho de 39,9%, o seu melhor desempenho mensal desde dezembro do ano passado.

De acordo com os dados do Bybt, o criptoativo havia fechado o último mês de 2020 com uma valorização de 46%, e o bom desempenho se repetiu em janeiro (+14%), fevereiro (+36%) e março (+29%).

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O segundo trimestre, no entanto, foi marcado por fortes quedas e embora em julho e agosto o bitcoin tenha conseguido recuperar parte dos ganhos, os preços voltaram a cair 7% ao longo de setembro.

Até que outubro chegou para impulsionar de vez a valorização do BTC. O mês já se consolidou como um período positivo para as criptomoedas ao abrir o quarto trimestre, uma altura do ano que historicamente o bitcoin costuma obter uma valorização mais substancial.

retorno mensal do bitcoin
Retorno mensal do bitcoin (Fonte: Bybt)

Os únicos anos em que o bitcoin não fechou outubro no verde foram 2014 e 2018. Mesmo assim, as quedas de -12% em outubro de 2014 e -3% em 2018 foram pequenas quando comparadas com as perdas de outros meses do ano.

Já nos anos em que outubro foi positivo, todos os ganhos do bitcoin foram superiores a 10%. O melhor desempenho do BTC no mês em questão veio em 2013, quando o ativo valorizou 60%, seguido por outubro de 2017 (+47%) e de 2021 (+39%).

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Além da tendência histórica, é inegável que uma série de notícias positivas impulsionaram a recente alta do BTC. No começo de outubro, o bitcoin foi capaz de ultrapassar os US$ 50 mil depois de um mês de queda, graças à confirmação do Federal Reserve de que os EUA não tinham intenção de seguir o exemplo da China e banir a criptomoeda.

Naquela primeira semana, o mercado também reagia às chances cada vez mais concretas da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aprovar o primeiro ETF de bitcoin do país. 

Quando o sinal verde dos reguladores foi confirmado e o ETF de futuros de bitcoin da ProShares estreou na bolsa de Nova York, o preço do criptoativo disparou até um topo histórico de US$ 66.930.

Novembro de desafios para o bitcoin

Embora atualmente o bitcoin esteja 7% abaixo do recorde, valendo US$ 61.500 (R$ 349 mil), o ativo se mostra forte o suficiente para manter sua cotação acima do importante nível de US$ 60 mil. 

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Novembro, no entanto, será um mês decisivo e deve tirar a prova real se de fato o BTC está dando início a um bull run de final de ano, como fez em 2020, ou se o bom desempenho de outubro foi um evento isolado.

Especialistas brasileiros consultados pelo Portal do Bitcoinafirmaram que a tendência de alta deve continuar à medida que o ETF legitima a moeda e a consolida como um ativo financeiro de proteção para instabilidades provocadas por movimentos geopolíticos, como a inflação que atinge o mundo inteiro.

Já o famoso analista PlanB (@100trillionusd), que vem acertando a previsão de preço do bitcoin por três meses consecutivos seguindo o modelo stock-to-flow, acredita que a criptomoeda pode superar os US$ 100 mil ainda em 2021.

Embora os indicadores estejam positivos e a confiança no BTC esteja forte, uma redução dos estímulos monetários pelo Fed e por outros bancos centrais do mundo, também conhecida como o “tapering”, pode balançar os mercados globais nas próximas semanas e ter efeito no bitcoin.

“Se os mercados públicos vacilarem devido à redução na compra de títulos do Fed, o BTC poderá ser arrastado para uma pequena correção após quebrar os máximos históricos na semana passada”, alertou ao Coindesk Jehan Chu, analista do Kenetic Capital.

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