A alta do bitcoin está apenas no começo conforme disse o investidor de Wall Street Paul Tudor Jones em entrevista à CNBC nesta quinta-feira (22). Jones é um dos mais recentes bilionários que aderiu a criptomoeda que já ocupa 1% do seu portfólio de investimentos.
“Gosto mais agora do bitcoin do que antes. Acho que estamos no primeiro turno do rally e ainda temos um longo caminho a percorrer”, disse Jones.
Para o investidor, dono da Tudor Investment Corporation — e de uma fortuna de quase US$ 6 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões), segundo a Forbes — atualmente o bitcoin é a melhor proteção contra a inflação.
Isso porque ele acredita que no longo prazo o Fed, que é o banco central dos EUA, deve criar políticas monetárias que vão beneficiar o setor.
“A razão pela qual recomendei o bitcoin é porque ele estava no menu de ativos contra a inflação, como ouro, cobre, títulos do Tesouro, e cheguei à conclusão de que o bitcoin seria o melhor”, disse Jones no programa.
Há alguns meses, Jones já comentava que o mundo estaria vivenciando uma inflação sem precedentes na história e que o bitcoin se firmaria como reserva de valor. “É como o ouro nos anos 70”, disse na ocasião.
Durante a entrevista, que se passou no quadro diário sobre finanças ‘Squawk Box’, Jones também fez uma comparação do bitcoin com grandes ações do mercado financeiro tradicional.
“O Bitcoin tem um contingente enorme de pessoas muito inteligentes que acreditam nele. É como ter investido cedo em Steve Jobs e Apple e Google”, concluiu.
Bitcoin dispara
Ajudado pela desvalorização do Real perante o Dólar, o preço do bitcoin aumentou quase 300% desde o crash de março.
Na quarta-feira (21), o preço da criptomoeda disparou e alcançou a casa dos US$ 13 mil ajudado pelo anúncio do Paypal, que vai permitir compra e venda por meio do seu app.
No Brasil, o preço do BTC superou a máxima histórica de R$ 70.000.