Bitcoin despenca e fica abaixo de R$ 100 mil pela primeira vez em dois meses

O bitcoin não enfrentava uma cotação tão baixa frente ao real desde o dia 19 de junho
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Foto: Shutterstock

O Bitcoin (BTC) reverteu a tendência de alta que vinha mostrando na manhã e, ao longo da tarde desta terça-feira (6), uma queda de 4,6% fez seu preço cair abaixo de R$ 100 mil pela primeira vez em mais de dois meses.  

De acordo com o Índice de Preço do Portal do Bitcoin (IPB), a criptomoeda não enfrentava uma cotação tão baixa frente ao real desde o dia 19 de junho, quando atingiu R$ 95,5 mil. 

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O bitcoin perdeu o nível de R$ 100 mil no fim da tarde de terça, ao atingir uma mínima do dia de R$ 98.540, segundo o CoinMarketCap.

Conforme mostram os gráficos, a criptomoeda amanheceu no verde, mas não teve forças para sustentar a alta. Se às 14h o bitcoin estava cotado a R$ 103.560, três horas depois seu preço caia para R$ 98.540.

Ao analisar o preço do bitcoin em dólar, as quedas também são expressivas. No intervalo de 24 horas, o BTC foi de uma máxima no dia de US$ 20.155 para uma mínima de US$ 18.800.

Como reflexo da desvalorização do ativo de maior peso do setor, a capitalização total do mercado de criptomoedas caiu abaixo de US$ 1 trilhão, ficando agora por volta de US$ 945 bilhões.

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Gráfico de 24 horas do bitcoin (Fonte: CoinMarketCap)
Gráfico de 24 horas do bitcoin (Fonte: CoinMarketCap)

A queda do bitcoin

Ao comentar a movimentação de preço do bitcoin nesta tarde ao Portal do Bitcoin, Paulo Boghosian, head de cripto do TC, pontua que o BTC perder o nível de R$ 100 mil pode não ser tão importante, uma vez que o preço da criptomoeda é olhado no resto do mundo em dólar. 

“O mais preocupante seria perder as mínimas que o bitcoin fez nas quedas de um mês atrás, que é na faixa dos US$ 18 mil”, explica o analista. Para ele, a atual queda do bitcoin nesta terça não parece ser motivada por uma notícia negativa do dia ou um acontecimento específico.

“Acho que é um movimento mais técnico do mercado de redução de risco, dado o cenário macroeconômico que está bem feio no mundo. Também tem a questão que o bitcoin, no momento, não tem nenhum trigger, nada no curto prazo que torne o ativo interessante para alguém que esteja especulando”, avalia Boghosian.

Em contraste, ele aponta que o Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mercado, está mais forte nos últimos dias à medida que se aproxima a data da Fusão, a aguardada atualização que vai trazer mudanças importantes na política monetária do protocolo.

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