O mercado de criptomoedas tem uma quinta-feira (11) de ganhos depois que reguladores dos EUA deram o sinal verde para a negociação de fundos de índice (ETFs) de Bitcoin à vista no país.
Embora a maior criptomoeda não tenha disparado, o Bitcoin avança 2,4% em 24 horas, para US$ 46.748,16, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC sobe 1,4%, negociado a R$ 229.007,68, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) dá um salto de 9,6%, cotado a US$ 2.641,12, embalado pela expectativa de aprovação de ETFs com exposição direta à segunda maior criptomoeda.
As principais altcoins acompanham com forte valorização, entre elas BNB (+4,8%), XRP (+7,2%), Solana (+5,2%), Cardano (-15,5%), Dogecoin (+6,6%), TRON (+2,1%), Chainlink (+7%), Avalanche (+12%), Polkadot (+16,5%), Polygon (+9,1%) e Shiba Inu (+8,2%).
Bitcoin hoje
Com um resultado amplamente esperado, a reação de traders à aprovação de fundos com exposição direta ao Bitcoin nos EUA foi morna.
A maior criptomoeda chegou a superar os US$ 47 mil após o anúncio, mas depois recuou para a casa dos US$ 46 mil. A notícia já estava bastante “precificada” e os fluxos para os ETFs serão agora observados de perto, disse à Bloomberg Caroline Mauron, cofundadora da provedora de liquidez de derivativos cripto Orbit Markets.
Investidores e players do setor comemoraram o sinal verde e o presidente da SEC, Gary Gensler, fez questão de destacar em sua decisão que o Bitcoin não é um valor mobiliário, mas sim uma commodity. “Embora tenhamos aprovado hoje (quarta) a listagem e negociação de certas ações ETP de bitcoin à vista, não aprovamos nem endossamos o Bitcoin”, afirmou.
A gestora popstar Cathie Wood, cuja empresa Ark Investment foi uma das selecionadas para lançar o produto nos EUA em parceria com a 21Shares, criticou o tom de Gensler: “Ele simplesmente difamou todo o espaço cripto. Não pude acreditar”, disse Wood em entrevista à Rádio Bloomberg transmitida pelo X. “É o DNA antigo basicamente destruindo o novo DNA”, acrescentou.
As críticas também vieram da própria SEC: “Hoje marca o fim de uma saga desnecessária, mas consequente”, escreveu em comunicado a comissária pró-cripto da agência, Hester Pierce, observando que o primeiro pedido de um ETF Bitcoin à vista foi apresentado nos EUA há mais de 10 anos.
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Em meio ao constrangimento pelo tuíte falso que pegou o mercado desprevenido um dia antes da esperada decisão, Gensler reforçou o cuidado de se investir na classe de ativos e deixou bastante claro que a aprovação aconteceu contra sua vontade.
Agora o mercado fica atento aos fluxos para os 11 ETFs que receberam a aprovação dos reguladores nos EUA. Mas a cofundadora da 21Shares, Ophelia Snyder, disse ao CoinDesk que o impacto mais amplo só poderá ser observado daqui a alguns meses, já que as gestoras levam pelo menos 90 dias para processar novos produtos em suas listas de alocações aprovadas.
A plataforma de negociação online Robinhood não quer perder tempo e promete listar os ETFs assim que possível.
Venda de imóveis da FTX nas Bahamas
A massa falida da FTX se prepara para vender dezenas de propriedades nas Bahamas, incluindo unidades onde residiam a equipe da extinta corretora cripto e o ex-CEO Sam Bankman-Fried, de acordo com documento judicial registrado na terça-feira (9) e divulgado pelo The Block.
Advogados da FTX propõem que a exchange venda um total de 35 unidades de imóveis compradas pelo grupo nas Bahamas. A maior parte da equipe da FTX e todos os executivos de alto escalão trabalharam nas Bahamas até o colapso da exchange no final de 2022.
A lista de propriedades que os advogados desejam vender inclui a Orchid Penthouse, o luxuoso apartamento compartilhado por Bankman-Fried e seus principais aliados: Gary Wang, Nishad Singh e Caroline Ellison.
Outros destaques das criptomoedas
A Laser Digital, da Nomura, e o WebN Group lançaram o protocolo Libre, uma infraestrutura de tokenização de fundos prevista para entrar em operação no primeiro trimestre de 2024, segundo comunicado compartilhado com a Bloomberg BNN. Turbinada pela tecnologia da Polygon, o protocolo busca acelerar o desenvolvimento da web3 institucional por meio de uma solução de segunda camada, prometendo maior escalabilidade e segurança. A gestora de hedge funds Brevan Howard e a Hamilton Lane, outra gigante na gestão de ativos que ajudou a fundar a plataforma, estão entre os primeiros usuários.
O Banco Central Europeu está disposto a pagar valores generosos para que empresas desenvolvam soluções de pagamentos offline para um potencial euro digital no varejo, de acordo com o CoinDesk. Em um edital para contratar provedores em diversos projetos, incluindo gestão de risco, segurança da informação e um aplicativo de usuário, o BCE revelou planos para alocar até 1,2 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão) em contratos.
A plataforma X (antigo Twitter) eliminou a opção para usuários pagantes (ex-assinantes do Twitter Blue) de usar uma imagem de token não fungível (NFT) verificável como foto de perfil (PFP), dois anos após o lançamento da ferramenta. Lançado em janeiro passado, o recurso foi anunciado como um benefício exclusivo para usuários pagantes, introduzido na época anterior à compra da rede social pelo bilionário Elon Musk no final daquele ano, segundo o Decrypt.
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