Pouco mais de 24 horas após alta de mais de 20% no preço do Bitcoin, a rede da criptomoeda acumula mais de 70 mil transações esperando confirmação nesta quarta-feira (03).
Com o congestionamento na rede, além da demora para a transação ser completada, as taxas também aumentam.
De acordo com o Bitcoinfees, no momento da redação, para uma transação média ser efetuada no próximo bloco (35 minutos no máximo), seria necessário uma taxa de 23.850 satoshis (0,00023850 BTC), aproximadamente R$ 4,60.
Na semana passada, em comparação, havia menos de duas mil transações não confirmadas na rede e era possível realizar transferências pagando taxas inferiores a R$ 1,00.
O que pode ter causado o aumento?
O aumento no preço fez o mercado aquecer novamente, trazendo novos e antigos investidores que estavam esperando por uma alta.
Como a maioria das carteiras/exchanges possuem taxas pré-determinadas e dado que o mercado estava estabilizado, com poucas transações não confirmadas, as taxas ficam programadas para valores baixos.
Um aumento repentino na quantidade de transações fez com que se acumulasse muitas transferências com taxas baixas — visto que muitas carteiras/exchanges demoram para reconfigurar as taxas padrão. Essas transações acabam sendo deixadas de lado por mineradores, que começam a dar preferência para as taxas mais altas.
Situação já foi pior
Em dezembro de 2017, no auge das criptomoedas, as transações não confirmadas já chegaram a mais de 200 mil. As taxas da rede, na época, se aproximaram de US$ 15 dólares, quase R$ 50.
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SegWit e Lightning Network
Atualizações como o SegWit e Lightning Network vieram para tentar contornar o problema de escalabilidade da rede do Bitcoin.
A SegWit, que foi ativada em agosto de 2017, é uma maneira de agrupar as transações em blocos, sendo um meio muito mais eficiente para elas serem processadas. Contudo, só começou a ganhar tração apenas na segunda metade de 2018. Atualmente quase metade das transações do BTC utilizam a tecnologia, de acordo com o Transactionfee.info.
A LN, por sua vez, funciona de forma bem intuitiva. Ela é como uma segunda camada à blockchain. Ao invés de registrar todas transações na blockchain, as transações podem ser realizadas off-chain (fora da cadeira).
A blockchain servirá para sincronizar os saldos das pessoas de tempos em tempos, ao invés de processar microtransações. Transações grandes também serão processadas na blockchain. O objetivo é retirar milhares de microtransações da cadeira principal, o que causa congestionamentos.
A Lightning Network ainda está em fase de testes e é muito pouca utilizada atualmente.
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