Binance quase comprou Chelsea por US$ 4 bilhões, diz Reuters

O clube do bilionário russo Roman Abramovich foi colocado à venda após a Rússia invadir a Ucrânia
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Foto: Shutterstock

A corretora Binance estava prestes a comprar o Chelsea, um dos clubes de futebol mais importantes do mundo, por um valor aproximado de US$ 4 bilhões. No final, acabou desistindo do investimento.

Uma fonte próxima ao assunto revelou à Reuters que o CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, era quem tinha o interesse em se tornar dono do clube após ele ser colocado à venda por seu atual proprietário, o bilionário russo Roman Abramovich.

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A decisão de Abramovich de vender o Chelsea após 19 anos comandando o clube foi motivada pela invasão russa na Ucrânia. A guerra fez com que países do mundo inteiro impusessem uma série de sanções econômicas ao país, inclusive o bloqueio de bens e fundos mantidos no exterior por magnatas russos.

Quando anunciou a venda na quarta-feira passada (2), Abramovich disse que essa era a melhor decisão para o clube, torcedores e  funcionários, e prometeu doar dinheiro da venda para ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia.

Naquela semana, o bilionário suíço Hansjoerg Wyss revelou seu interesse em adquirir o clube, assim como o americano Todd Boehly, que já possui participações em times de basquete e beisebol. O CEO da Binance também estava de olho no Chelsea.

Changpeng Zhao chegou a conversar sobre o negócio com o Raine Group, o banco de investimento dos EUA que representa o Chelsea na venda, mas no final acabou desistindo. “Possuir um clube de futebol não era uma de suas prioridades”, disse um porta-voz da Binance à Reuters.

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Apesar disso, a Binance tem uma presença forte no mundo esportivo. Patrocinou a Copa Africana de Nações, a seleção argentina e a Lazio, da Serie A italiana. No Brasil, a corretora se tornou patrocinadora oficial do Campeonato Paulista.

A fortuna de CZ

A expectativa de Abramovich é vender o clube por cerca de US$ 4 bilhões, um dinheiro que não faria tanta falta na fortuna estimada em US$ 96 bilhões de CZ — isso sem levar em consideração seus investimentos pessoais em criptomoedas.

A estimativa feita pela Bloomberg coloca CZ como a pessoa mais rica da indústria cripto, deixando para trás nomes como Sam Bankman-Fried, CEO da FTX, e Brian Armstrong, CEO da Coinbase.

Aliás, a riqueza de CZ é ainda maior que a de Satoshi Nakamoto, o anônimo criador do bitcoin que tem em sua posse cerca de 1,1 milhão em bitcoin (US$ 45,8 bilhões) que nunca foram movimentados.