Binance não vai quebrar mas enfrenta dois novos desafios, diz relatório

Gestora afirma que corretora deixou para trás “teste de estresse” dos saques em massa, mas tem novos obstáculos pela frente
Logo da Binance

(Imagem: Shuttestock)

A corretora de criptomoedas Binance não vai quebrar. Pelo menos essa é a conclusão da gestora de investimentos Bernstein, que divulgou relatório sobre a exchange na segunda-feira (2).

Segundo a Bernstein, a Binance é sólida, conforme demonstrado pela empresa ter passado no teste de estresse da recente “corrida bancária” que gerou saques em massa de US$ 6 bilhões em apenas um dia de dezembro – o equivalente a R$ 30 bilhões.

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O relatório diz que a Binance conseguiu superar hacks, dificuldades regulatórias e FUD até chegar ao patamar atual, com um market share de cerca de 75% do mercado mundial – “praticamente um monopólio global”, segundo texto reproduzido pelo portal Coindesk.

No entanto, a Bernstein destaca que a empresa ainda precisa vencer dois grandes desafios. O primeiro é enfrentar uma concorrência crescente vinda das corretoras descentralizadas (DEX), que tendem a crescer à medida que aumenta a desconfiança com as companhias descentralizadas após o colapso da exchange FTX.

Além disso, o relatório aponta que a empresa ainda precisa criar uma estrutura regulatória “on-shore” mais robusta à medida que desembarca em novos países – hoje, ela oficialmente tem uma base central offshore nas ilhas Cayman, um famoso paraíso fiscal no Caribe.

A Bernstein diz que a tendênca é que a Binance siga ampliando as jurisdições nas quais atua. Hoje, a exchange possui licença formal de atuação em 14 países, incluindo França, Itália, Espanha e Canadá.

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Compra da Gopax

Na segunda-feira (2), surgiu a notícia de que a Binance está próxima de finalizar a compra da Gopax, um das cinco maiores exchanges da Coreia do Sul, retornando ao mercado do país asiático após uma ausência de dois anos.

A informação é do jornalista chinês Colin Wu, um dos principais nomes da imprensa internacional na cobertura do setor de criptomoedas.

De acordo com Wu, fontes locais disseram que a Binance já terminou o processo de due diligence – uma avaliação nos números de uma empresa antes de uma aquisição – e deveria ter anunciado o negócio por volta do Natal, mas discussões de última hora sobre o valor da compra atrasaram o anúncio.

A Binance esteve presente no mercado sul-coreano até 2021, quando teve que fechar sua filial no país por falta de entendimento com os reguladores locais.

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