A Binance movimentou 18.720 BTCs em uma única transação na tarde de terça-feira (31). A quantia é equivalente a R$ 4,5 bilhões na cotação do bitcoin daquele momento de US$ 47.220.
A transação foi rastreada pelo Whale Alert, um perfil que monitora a atividade das baleias — termo que se refere a uma pessoa ou empresa que detém grandes quantias de criptoativos.
Ambas as carteiras de origem e destino são pertencentes a Binance, sugerindo que a movimentação se tratou de uma realocação interna de fundos em posse da corretora. Para movimentar a quantia bilionária na rede do bitcoin, a exchange pagou apenas R$ 49 em taxas.
Ao analisar os dados públicos na blockchain, é possível observar que após a carteira receber os bitcoins, os fundos foram logo em seguida espalhados para vários outros endereços, sugerindo que aquela carteira não é de armazenamento permanente da exchange.
Ambos os endereços não costumam “segurar” as moedas e já transacionaram mais de 800 vezes na blockchain. Depois das movimentações, ficou apenas 7 BTC na carteira de origem da Binance. Já o saldo da carteira que recebeu a transação ficou zerado.
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Reserva de bitcoin da Binance
A Binance abriu o mês de setembro com o maior número de bitcoins na sua reserva em mais de um mês. Segundo dados do Bybt, a exchange acumula nesta quarta um total de 324,1 mil BTC nas suas carteiras, um valor que não era visto desde o final de julho. Em agosto, a exchange viu a sua reserva atingir uma mínima de três meses de 295 mil BTC.
Enquanto a Binance recupera a sua reserva de BTC, outras exchanges importantes do mercado enfrentam uma grande escassez da moeda. A Coinbase, por exemplo, atingiu nesta semana a menor quantia de bitcoin em sua posse desde 2017.
A demanda por bitcoin pela Binance é grande já que a corretora domina as negociações da moeda no setor. No Brasil, a exchange foi responsável por movimentar R$ 2,6 bilhões em BTC durante o mês de agosto, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Desse modo, a Binance representou 74% de todas as negociações de bitcoin no país, que naquele mês, ficou em torno de R$ 3,5 bilhões. Os dados são monitorados pelo Portal do Bitcoin e correspondem ao volume diário das maiores exchanges em operação no Brasil.