Banco Mundial diz que não vai ajudar país que adotou Bitcoin como moeda

Câmara formada por empresários locais rejeitou pagamento com criptomoeda
Imagem da matéria: Banco Mundial diz que não vai ajudar país que adotou Bitcoin como moeda

Foto: Shutterstock

Um porta-voz do Banco Mundial disse na quarta-feira (16) para a agência de notícias Reuters que a instituição não vai ajudar El Salvador a implantar o bitcoin como moeda de curso legal.

“Embora o governo tenha nos procurado para obter assistência sobre bitcoin, isso não é algo que o Banco Mundial possa apoiar, dadas as deficiências ambientais e de transparência”.

Publicidade

A entidade ressaltou, no entanto, que está empenhada em ajudar o país da América Central de várias outras maneiras, “incluindo transparência monetária e processos regulatórios (não relacionadas ao BTC)”.

Empresários rejeitam Bitcoin

A nação também enfrenta resistência de outras entidades internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), e principalmente da população local e do setor empresarial.

A Câmara de Comércio e Indústria de El Salvador divulgou na quarta-feira (16) uma pesquisa feita com um grupo de 1.600 pessoas, formado por empreendedores locais e cidadãos.

Entre os empresários ouvidos, 96,4% disseram estar preocupados com a obrigatoriedade do uso do bitcoin como moeda. Eles prefeririam que a utilização fosse opcional.

Publicidade

Do total, 51,6% afirmaram que se receberem BTC como pagamento, vão trocar a criptomoeda por dólar. Entre os ouvidos, 47,8% falaram acreditar que a implementação da criptomoeda não vai atrair investimentos, melhorar a economia ou gerar empregos.

De acordo com a pesquisa, o empresários temem a criptomoeda porque não entendem como ela funciona e por causa de sua volatilidade.

Entre os cidadãos, 92% disseram não concordar com o fato de o BTC ser obrigatório; 93% afirmaram não querer receber o salário em criptomoedas; e 82,5% afirmaram não ter interesse na moeda digital.

Assim como os empresários, eles disseram rejeitar o Bitcoin porque não sabem como funciona e porque têm medo da oscilação de preço.