Banco digital Revolut zera taxa nos trades de criptomoedas para atrair mercado americano

Apesar de estar em meio a grandes plataformas como Paypal e Coinbase, banco digital acredita haver um espaço para si no mercado
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Foto: Shutterstock

Revolut é um “super app” de banco digital que rapidamente dominou a Europa, mas ainda é bem desconhecido nos Estados Unidos, onde foi lançado em março de 2020.

Agora, a empresa está tentando se tornar evidente no solo americano com diversos novos recursos, incluindo a negociação de criptomoedas com taxa zero.

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A empresa já permite que seus clientes comprem e vendam bitcoin e diversas criptomoedas, mas cobra taxas entre 1,5% e 2,5% por transação. No entanto, a partir desta terça-feira (19), Revolut irá eliminar essas taxas de comissão para negociações mensais de até US$ 200 mil.

A Revolut também anunciou hoje que clientes americanos serão capazes de usar caixas eletrônicos com os principais bancos e enviar, mensalmente, até dez transferências de forma gratuita.

“A parte da gratuidade [ao negociar] cripto faz parte de uma grande tentativa de mostrar aos investidores que somos uma fornecedora de serviços”, afirmou Ron Oliveira, CEO da Revolut nos EUA, em entrevista ao Decrypt.

Oliveira afirma que, atualmente, a Revolut possui 300 mil usuários nos EUA, principalmente em estados que fazem fronteira, como a Califórnia e o Arizona, onde a ferramenta de remessas digitais é popular.

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Porém, ele acrescentou que seu objetivo é tornar o país no segundo maior mercado da Revolut depois de sua terra natal (Reino Unido).

Pode ser tarefa difícil, pois os EUA já estão saturados de novos bancos digitais, como Chime e Varo, enquanto marcas bem-estabelecidas como PayPal, Venmo, Coinbase e Square também têm diversas grandes iniciativas no setor bancário.

No que diz respeito a cripto, a Revolut pode ter dificuldade em entrar para o mercado americano porque Robinhood e PayPal já oferecem negociação com taxa zero.

A seleção limitada de tokens na Revolut (bitcoin, bitcoin cash, litecoin e ether) também pode ser um impeditivo, principalmente porque a Coinbase, de São Francisco, oferece dezenas de moedas.

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Oliveira afirma que não se abala com esses desafios, destacando a fórmula que ajudou a Revolut a se tornar uma grande plataforma em outros países: o acréscimo de cada vez mais serviços ao aplicativo até que usuários acredite que sejam indispensáveis.

Na verdade, a versão americana do aplicativo já mostra uma lista extensa de ferramentas que variam de poupança e remessas digitais a saguões de aeroporto.

Essa ideia de um “super app” pode ser atrativa para clientes dos EUA que geralmente usam uma variedade de aplicativos de finanças pessoas e serviços relacionados.

No entanto, é importante notar que o PayPal, um nome bem conhecido pelos americanos, está no processo de desenvolver seu próprio super app.

Ainda é cedo para pensar na presença da Revolut nos EUA, pois seu lançamento aconteceu em meio à pandemia, o que provavelmente reduziu parte da agitação que o aplicativo poderia ter gerado.

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Oliveira afirma que a empresa irá impulsionar suas iniciativas de marketing, incluindo mídia on-line e influenciadores.

Revolut também pode gerar interesse de usuários cripto por conta de seus planos em lançar um token. Oliveira afirmou que isso vai acontecer no futuro próximo em outras regiões, mas não nos EUA.

Enquanto isso, a empresa está fomentando sua reputação cripto nos EUA ao anunciar que irá pagar por seu maior escritório no país (uma sede da WeWork no estado de Dallas) completamente em bitcoin.

A conclusão é que, daqui a um ano, saberemos melhor se a Revolut poderá melhorar sua reputação como uma potência financeira nos EUA.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização da Decrypt.co.