O presidente do Conselho Fiscal do Banco Central Europeu (BCE), Andrea Enria, anunciou na sexta-feira (27) que essa crise advinda do Coronavírus não é a mesma que ocorreu em 2008 e cobrou algumas posturas dos bancos a fim de que se reduza o futuro impacto na economia.
De acordo com o texto publicado no site do BCE, Enria prevê futuras perdas no ambiente macroeconômico. A saída, na visão dele, é não estabelecer um campo regulatório pesado aos bancos.
Com isso, o Conselho Fiscal do BCE resolveu, então, suspender por seis meses a implementação e decisões regulatórias que nesse momento poderia sobrecarregar os bancos e entidades supervisionadas pelo órgão.
Em contrapartida, porém, o presidente do Conselho Fiscal pediu para que os bancos aproveitem essa política adotada “para absorver perdas no ambiente macroeconômico deteriorado” e “continuar emprestando a clientes, especialmente pequenas e médias empresas, severamente afetados pela crise”.
Bancos devem segurar dinheiro
O BCE ainda recomendou que os bancos e outras instituições de crédito segurem suas reservas e deixem, pelo menos até o final de setembro desse ano, de distribuir dividendos aos acionistas para os períodos anuais de relatório de 2019 e 2020.
O cumprimento desta recomendação, segundo Enria, permitiria manter um total de 30 bilhões de euros em capital adicional da mais alta qualidade (lucros retidos classificados como Common Equity Tier 1) dentro do sistema.
“Isso dará aos bancos capacidade adicional para emprestar ou absorver perdas no momento em que for particularmente necessário”.
Coronavírus e uma crise sem precedentes
Enria mencionou, portanto, que “os fundos próprios das instituições de crédito são a ferramenta mais eficaz para resistir a choques que se materializam inesperadamente”. Ele, porém, no mesmo texto advertiu que essa crise advinda do Coronavírus não foi algo inesperado.
Ele, então, elogiou as decisões do governos da zona do Euro em “aliviar temporariamente as dificuldades dos devedores com moratórias de pagamento e garantias em empréstimos bancários”.
Em face dessa atitude, Enria explicou que o BCE resolveu, então, “aumentar a flexibilidade de supervisão em relação ao tratamento regulatório dos empréstimos dos que recebem esse apoio público”.
Essa crise, explicou Enria, nada tem a ver com aquela de 2008 a qual foi provocada por bancos, mas ainda assim essas instituições precisam estar bem preparadas para servirem de ferramenta para salvar a economia.
“Diferentemente da crise financeira de 2008, os bancos não são a fonte do problema neste momento. Mas precisamos garantir que eles possam fazer parte da solução”.
Para ele, o cenário ainda é bastante incerto pois não há como precisar por quanto tempo essa crise, a qual ele classifica como sem precedentes, irá perdurar.
“Devemos levar em conta as consequências de longo prazo de nossas ações, para garantir que o setor bancário europeu permaneça forte e possa apoiar a rápida recuperação de nossas economias após esse choque sem precedentes”, afirmou.
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