Alta do Bitcoin torna criptomoedas o investimento mais buscado no Brasil em março

As criptomoedas superaram os CDBs e fundos de ações e multimercado no ranking do buscador de investimentos Yubb
Criptomoedas formam círculo com bitcoin no centro

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A recente disparada do preço do Bitcoin (BTC) para sua máxima histórica acima de US$ 73 mil impulsionou a procura de investidores brasileiros pela criptomoeda, liderando as buscas em março.

Após ficarem em sexto lugar nas pesquisas no início do ano, as criptomoedas já haviam subido para a terceira posição no ranking de fevereiro, passando em março para a liderança, segundo dados do buscador de investimentos gratuito Yubb.

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Esse movimento foi inicialmente puxado pelo barulho feito com o lançamento dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, que atraiu um grande número de investidores e interessados no assunto, para em sequência puxar também os preços das criptos, principalmente do Bitcoin, que bateu sua máxima histórica no mês passado e segue sendo negociado perto de US$ 70 mil nesta quarta-feira (10).

“É normal em todo ciclo de alta. As pessoas começam a ir atrás quando bate o recorde histórico. Em março, isso refletiu na busca por criptos”, disse Bernardo Pascowitch, CEO do Yubb, ao Estadão.

Em abril a tendência é que o Bitcoin siga em evidência já que ocorre o tão esperado halving, evento que acontece a cada quatro anos e corta pela metade a recompensa paga aos mineradores, reduzindo assim a oferta de novos BTCs no mercado.

Leia também: O que é o halving do Bitcoin? Entenda o sistema que diminui a oferta da criptomoeda

Com essa redução da oferta e com um cenário de aumento de demanda por conta dos ETFs — evidenciado também por esse aumento da procura por investidores —, especialistas acreditam que o Bitcoin deve dar continuidade ao seu ciclo de alta nas próximas semanas e meses.

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Confira o ranking de investimentos mais buscados na plataforma Yubb:

1º Criptomoedas
2º CDBs
3º Fundos de ações
4º Fundos multimercado
5º Tesouro Direto
6º LCI/LCA
7º Ações livres
8º LC/RDB
9º Fundos imobiliários (FIIs)
10º Debêntures

Vale destacar que no mercado tradicional, a renda fixa tem perdido espaço por conta do ciclo de corte da taxa básica de juros, a Selic. Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom), fez a sexta redução seguida da taxa, que agora está em 10,75% ao ano.

Com isso, investimentos como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), passam a render menos. Por isso, apesar de ainda figurar em segundo lugar no ranking da Yubb, o produto tem perdido força.

Por outro lado, nesse cenário de juros mais baixos, a renda variável ganha força, o que é demonstrado pelo levantamento com os fundos de ações e multimercado assumindo a terceira e quarta colocações, respectivamente.