Mais uma curiosa situação foi revelada na história de Glaidson Acacio dos Santos, o Faraó do Bitcoin. David Augusto Cardoso de Figueiredo, advogado de Glaidson, tinha até pouco tempo atrás um caso contra o dono da GAS Consultoria, acusada de criar um esquema bilionário de pirâmide financeira. caso foi contado em reportagem do portal Metrópoles publicada nesta quinta-feira (15).
Cardoso era o advogado responsável pelo caso de sua esposa, que alega ela própria ser vítima da pirâmide financeira da GAS. Nessa ação judicial, ele pedia bloqueio de R$ 290 mil (que seria o quanto sua companheira perdeu), mais R$ 20 mil de danos morais.
Agora, no entanto, o advogado defende Glaidson na esfera penal. Foi Cardoso quem conseguiu na terça-feira (13) para o Faraó uma revogação do mandado de prisão preventiva promovida pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Mas outros seis pedidos ainda mantêm o criador da GAS preso.
Em nota enviada ao Metrópoles, Cardoso afirma que nunca atuou em um processo pelas duas partes e que, assim que foi procurado por Glaidson, deixou de ser o advogado do processo de sua esposa.
“Passam a me acusar de conflito de interesses, pelo simples fato de minha esposa ser cliente da GAS e ter ingressado com uma ação buscando reaver seu crédito em setembro de 2021, quando eu nem sequer conhecia o Glaidson e cogitava defender seus interesses”, disse.
Cardoso também afirma que o processo de sua esposa foi suspenso, já que foi iniciado um processo de recuperação judicial na GAS Consultoria.
Glaidson vence uma, mas segue preso
Na terça-feira (13), a juíza federal Rosália Monteiro Figueira acolheu os argumentos de Cardoso e revogou uma prisão preventiva da Glaidson. O caso está relacionado a uma acusação de estelionato contra duas pessoas, conforme revelou o jornal O Globo.
O veículo afirma que, embora a juíza tenha concedido ao acusado uma vitória parcial, ela indeferiu na sua decisão um pedido da defesa de Glaidson para anular as provas contra ele, “tendo em consideração os princípios da segurança jurídica e credibilidade do sistema judiciário”.
Glaidson agora responde a seis prisões preventivas decretadas, ao invés de sete como era até então. No total, ele ainda é alvo de 13 ações penais.
Além do roubo do dinheiro de milhares de investidores brasileiros pela pirâmide financeira da GAS, o Faraó também é acusado de ser líder de uma organização que monitorava e assassinava rivais no mercado de criptomoedas, como mostram áudios obtidos pelas autoridades.
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