Hayden Davis e Javier Milei
Hayden Davis, criador do token LIBRA, e Javier Milei (Foto: Reprodução/X)

O escândalo cripto da LIBRA, promovida pelo presidente Javier Milei, que abalou o cenário político da Argentina, entrou em uma nova fase nesta semana depois que Gregorio Dalbón, um advogado argentino, solicitou formalmente a detenção internacional de Hayden Davis, o empresário de criptomoedas identificado como a suposta figura central por trás do colapso do token.

A petição, apresentada na terça-feira (11) ao procurador-chefe Eduardo Taiano e à juíza María Servini, busca um Alerta Vermelho da Interpol para facilitar a detenção e extradição de Davis dos Estados Unidos.

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Dalbón, que representou a ex-presidente argentina Cristina Fernández em um caso de corrupção, não respondeu imediatamente aos múltiplos pedidos de comentário feitos pelo Decrypt. Uma solicitação do Decrypt ao advogado de Davis também permaneceu sem resposta.

Os detalhes do novo desdobramento foram inicialmente reportados pelos meios de comunicação argentinos Página12 e Perfil, marcando uma escalada nos processos legais em torno do caso, que envolveu o governo do presidente Javier Milei em uma controvérsia, depois que o presidente promoveu publicamente o token pouco antes de seu colapso catastrófico no mercado.

No início deste mês, Taiano determinou o congelamento de aproximadamente US$ 100 milhões em criptomoedas associadas ao caso.

Alerta Vermelho

A petição de Dalbón argumenta que Davis representa um risco substancial de fuga devido aos seus recursos econômicos e residência no exterior, segundo diversos veículos de imprensa locais.

“Dada a magnitude do escândalo e as perdas significativas causadas aos investidores, o risco processual implícito na liberdade de Hayden Mark Davis é evidente”, afirma o documento escrito por Dalbón, citado pelo Perfil.

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Dalbón argumenta que Davis teve um “papel central na criação e promoção da LIBRA”.

O advogado solicitou especificamente que as autoridades ordenem a detenção internacional de Hayden Mark Davis e prossigam com um Alerta Vermelho da Interpol para “localizá-lo e prendê-lo, com vistas à sua extradição”, conforme citado pelo Página12.

Um Alerta Vermelho representa um pedido da Interpol para que as agências de aplicação da lei em todo o mundo localizem e detenham provisoriamente um indivíduo, enquanto aguardam extradição, entrega ou outra ação legal semelhante.

Os Alertas Vermelhos não obrigam os países membros a realizar prisões; cada nação decide se age com base em suas próprias leis e obrigações de tratados.

Eles também são baseados em mandados de prisão ou ordens judiciais emitidas por autoridades do país solicitante e são geralmente utilizados para crimes graves, como assassinato, fraude e outros delitos importantes.

Se aprovado, o pedido de Dalbón será transmitido à Interpol para possível distribuição aos seus 195 países membros.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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