Adoção de criptomoedas por bancos centrais é questão de tempo, diz FMI

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Um relatório de um estudo feito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) publicado na quinta-feira (27), revelou que a organização acredita que as criptomoedas serão adotadas pelos bancos centrais. A previsão, segundo a Organização, é devido ao aumento na adoção de criptoativos como alternativa aos ativos existentes.

De acordo com o estudo, a adoção das instituições bancárias centrais pode se tornar realidade devido à redução de custos e ao aumento da eficiência, diz o documento intitulado “Cinco fatos sobre Fintech”, cuja análise foi realizada em narrativas de entrevistados.

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Vale lembrar que os bancos centrais estudam uma criptomoeda centralizada, ou seja, não nos moldes do Bitcoin ou das altcoins existentes, mas uma espécie de stablecoin — mais precisamente um token de valor fixo.

Esta configuração foi batizada de ‘Central Bank Digital Currency’ (CBDC), que traduzido significa ‘Moeda Digital do Banco Central’. Contudo, para sua criação é necessário usar a tecnologia blockchain.

FMI cita 20% de países ‘antenados’

Segundo o FMI, o estudo revelou que muitos países têm uma visão muito ampla sobre o mercado de criptomoedas, no que diz respeito a sua aplicação em seus bancos centrais — “cerca de 20 por cento dos entrevistados disseram que estão explorando a possibilidade”.

No entanto, o relatório afirma que, apesar de já existir pelo menos quatro projetos-piloto que lhes foram relatados, a maioria ainda está trabalhando nos estágios iniciais.

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Competir para reduzir competição

Segundo o texto, não é só custo e eficiência que encoraja os bancos centrais a estudarem um plano de criptomoeda, mas, também, com a criação desses ativos, seria possível uma retração no mercado. Ou seja, os bancos centrais pensam em entrar para competir e ao mesmo tempo diminuir a atual competição.

Para persuadir, diz o relatório, eles disseram que suas ferramentas promoveriam serviços de pagamentos sem risco ao público, assegurando, assim, um movimento sustentável.

FMI e criptomoedas

Apesar da organização já ter feito diversas críticas ao mercado de criptomoedas — como no ‘Relatório da Economia Mundial’, em outubro do ano passado, onde a questão foi segurança — ela sugere que os bancos ao redor do mundo se beneficiem das vantagens tecnológicas e ofereçam seus próprios tokens.

“Há esperança de que aplicações descentralizadas estimuladas pelos criptoativos resultem em uma diversificação do cenário financeiro, com mais equilíbrio entre prestadores de serviços centralizados e descentralizados, e um ecossistema financeiro mais eficiente e talvez mais robusto para resistir a ameaças”, disse, na ocasião, Cristine Lagarde, diretora geral do FMI.

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