A mensagem em vídeo que o criador da GAS Consultoria gravou antes de ser preso

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Glaidson Acácio dos Santos, fundador da GAS Consultoria. (Foto: Reprodução/YouTube)

O ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, acusado de cometer crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional por meio de sua empresa GAS Consultoria, divulgou um pronunciamento na quarta-feira (25), dia em que foi preso pela Polícia Federal em sua casa no Rio de Janeiro.

Em um vídeo cômico de 24 minutos publicado no YouTube, Santos, que ficou milionário ao criar o suposto esquema fraudulento em 2014, falou de diversos assuntos aleatórios, como bitcoin, extinção do padrão-ouro em 1971, goleada que o Brasil levou de 7 a 1 da Alemanha em 2014 e preconceito contra cariocas. Ele disse até que, quando era garçom, gostava de deixar a mesa das pessoas bem limpas.

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Ele também afirmou que sua empresa não é uma pirâmide financeira, apesar de prometer 10% de lucro mensal em cima de aportes financeiros. Aproveitou para criticar a imprensa, que, de acordo com ele, vem dando muita publicidade ao fato de ele ser investigado por lavagem de dinheiro. “Eu nunca vi uma investigação ser anunciada como copa do mundo”, falou.

Na semana passada, em outro comunicado, a GAS falou que todas as empresas do setor de criptomoeda são alvo das autoridades por ocultação de dinheiro, o que não é verdade.

Ajuda para a autoridades

No material, ele aproveitou para reverenciar algumas autoridades, em especial as do Ministério Público do Rio de Janeiro, órgão que, segundo ele, tem acabado com a corrupção ‘nojenta e ilícita’ do estado. “Esses guardiães da lei não brincam em serviço e eles pegam os criminosos. Aqui as coisas funcionam”, falou.

Disse também que a GAS é livro aberto ao governo e quer ajudar a pegar criminosos. “Estamos aqui inclusive para ensinar sobre esse mercado (de criptomoedas) para que as autoridades possam prender todo golpista e estelionatário existente no nosso pais, o máximo possível”.

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Ele também citou algumas informações que não fazem muito sentido. Disse, por exemplo, que ‘gostaria de parabenizar os diretores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por pedir ao Senado para o Banco Central comprar bitcoin como reserva de valor”. Isso nunca aconteceu.

Prisão

Santos foi preso na quarta no âmbito da Operação Kryptos da Polícia Federal. Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal também participaram da ação. As autoridades afirmam que ele perpetrou uma fraude bilionária por meio da GAS.

No total, ontem foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão. Além de Santos, outras quatro pessoas também foram presas.

Em balanço divulgado no início da noite de noite, a polícia disse que encontrou com os suspeitos várias malas de dinheiro e 591 bitcoins, avaliados na cotação atual em R$ 150 milhões.

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“Tudo indica que esta será a maior apreensão de criptomoedas e valores, em espécie, somados, da Polícia Federal”, disse o órgão.

Os agentes também apreenderam 21 carros de luxo, relógios de luxo, joias, celulares, aparelhos eletrônicos e documentos.