Muitos dos acordos, aquisições e parcerias recentes da FTX foram uma questão de atualização, de acordo com o CEO Sam Bankman-Fried.
“Houve crescimento [no número] de usuários, mas realmente ficamos para trás em termos de reconhecimento de nome”, afirmou em participação ao evento “Crypto Goes Mainstream”, realizado pelo Decrypt e Yahoo Finance.
“Estamos por aí há dois anos e meio. Isso é bem menos tempo do que alguns outros grandes nomes no ramo de corretoras cripto. Quando alguém busca se envolver com cripto pela primeira vez, descobrimos que nunca ouviram falar da FTX.”
FTX está gastando bastante para preencher essa lacuna para ter seu nome reconhecido.
A corretora, fundada em 2019, se envolveu em grandes iniciativas esportivas, gastando US$ 210 milhões para comprar o time de e-sports TSM, US$ 135 milhões para colocar seu nome na arena Miami Heat da NBA e US$ 17,5 milhões pelos direitos de nomeação do Cal Memorial Stadium, lar do time de futebol americano de Berkeley, na Califórnia.
A FTX também se tornou a corretora cripto oficial da Liga Principal de Baseball dos EUA ou MLB (um acordo que inclui o logo da corretora no uniforme de todos os árbitros) e está inundando transmissões de radiofrequência com novas propagandas com Tom Brady ou seu mascote “homem da Lua”.
Em outubro, a FTX finalizou a aquisição da corretora de futuros e opções LedgerX.
Assim, FTX.US, braço americano da corretora, ganha licenças da Comissão para a Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), em nome da LedgerX, permitindo que compense futuros e opções com garantias completas.
Investimento em NFTs
A FTX se comprometeu a investir US$ 100 milhões no desenvolvimento de jogos para a Web 3 por meio do Lightspeed Venture Partners e Solana Ventures.
Leia Também
Enquanto isso, a corretora também lançou um mercado de tokens não fungíveis (ou NFTs) desenvolvido no Solana e anunciou planos de fornecer suporte a NFTs desenvolvidos na Ethereum.
“NFTs tiveram uma grande explosão em uso nos últimos seis meses”, afirmou Bankman-Fried. “No entanto, ainda estão sendo predominantemente impulsionados pela indústria cripto em vez de novas pessoas”.
Ele acredita que mais desses novatos entrariam ao mercado por meio da FTX se ele tivesse começado antes.
“O maior erro que cometi foi não ter me envolvido antes. Eu tinha um amigo que desenvolveu um bot de arbitragem para bitcoin em 2021. Dei uma olhada. Achei bem legal. Cinco anos depois, nos unimos e acabamos fundando a FTX”, contou.
“Existem muitas oportunidades no setor que não haviam se solidificado para mim até o ano passado.”
Para acompanhar as compras em série para impulsionar a marca FTX, ele afirmou que quer passar mais tempo garantindo que novos usuários sejam recebidos com um processo de integração mais tranquilo.
“Existem muitos equívocos no processo de registro de usuários da FTX. Toda vez que tento preenchê-lo, fico irritado com alguma coisa, como ter de inserir seu endereço de e-mail três vezes”, confessou.
“O processo que gera a adesão de usuários é importante. A cada dez segundos que demora para que alguém finalize um processo, passamos por um abandono.”
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.