Imagem da matéria: Justiça nega novo pedido de habeas corpus do falso Rei do Bitcoin
Cláudio José de Oliveira, fundador do Bitcoin Banco (Foto: Reprodução)

O Tribunal Federal Regional da 4ª Região negou novamente na terça-feira (26) um pedido de habeas corpus feito por Claudio Oliveira, conhecido como Rei do Bitcoin. O criador do Bitcoin Banco está preso de forma preventiva desde o início de julho.

A mais recente decisão foi tomada pelo desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, que negou o pedido de soltura do réu ressaltando que a prisão está bem fundamentada e que o mérito do caso será julgado em um momento posterior.

Publicidade

A defesa de Oliveira alegava que prisão preventiva seria uma medida “descabida” para garantir que os credores do Grupo Bitcoin Banco recebam.

Mas a justificativa da prisão não é essa: Claudio poderia dificultar as investigações, aponta a decisão que estabeleceu o encarceramento.

Os advogados do falso Rei do Bitcoin também tentaram um argumento processual, afirmando que o artigo 316 do Código de Processo Penal estabelece a necessidade de uma reavaliação da prisão preventiva toda vez que se passarem 90 dias.

Na decisão, o desembargador diz que a exigência de decisão de revisão da necessidade de manutenção da prisão preventiva a cada 90 dias “não impõe a soltura imediata do investigado quando desatendido tal prazo”.

Publicidade

Rei do Bitcoin: estelionato e crime contra sistema financeiro

O empresário Claudio Oliveira, o falso ‘Rei do Bitcoin’, é réu pelos crimes de estelionato, organização criminosa, crime contra a economia popular, crime falimentar, crime contra o sistema financeiro e tentativa de embaraço às investigações.

Oliveira é acusado de aplicar um golpe de R$ 1,5 bilhão por meio do Grupo Bitcoin Banco, cuja sede ficava em um bairro nobre de Curitiba. A estimativa é que cerca de 7 mil pessoas tenham sido lesadas por ele.

Sua esposa, Lucinara da Silva Oliveira, foi indiciada por estelionato, organização criminosa e crime contra a economia popular.

Outras sete pessoas também foram inidiciadas por crimes falimentares. São elas: Ismair Junior Couto, Johnny Pablo dos Santos, Rodrigo Martinelli Laport, Cibele Cristine Golo dos Santos e Janio Cesar Martins Correa.

Relembre o caso

O Grupo Bitcoin Banco, que operou grande parte de 2018, ganhou notoriedade por negociar dentro do seu sistema cerca de R$ 500 milhões por dia, algo que atraiu boa parte dos 7 mil investidores lesados.

Publicidade

No início de 2019, no entanto, a empresa travou os saques. Na época, o falso Rei do Bitcoin disse que o negócio havia sofrido um ataque hacker, o que foi desmentido posteriomente pela Polícia Civil.

A empresa também conseguiu que a Justiça do Paraná aprovasse um processo de recuperação judicial, o que deu mais tempo para ele dilapidar com os recursos captados das pessoas. A recupeção judicial foi transformada em falência em julho.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Justiça nega pedido de liberdade para PM acusado de vender armas ao "Faraó do Bitcoin"

Justiça nega pedido de liberdade para PM acusado de vender armas ao “Faraó do Bitcoin”

Réu é acusado de ser responsável pela segurança do criador da GAS Consultoria e vender armas para a organização criminosa
comprimidos de ecstasy Polícia SP

Polícia apreende ‘balas’ de ecstasy com símbolo de Bitcoin durante prisão

Ocorrência no litoral de SP culminou em prisão em flagrante por tráfico de drogas
Cornelius Johannes Steynberg, do MIT, em vídeo no Youtube

Morre sul-africano preso no Brasil por aplicar golpe de R$ 5 bilhões em criptomoedas

Cornelius Johannes Steynberg foi enterrado na quarta-feira (24) no Jardim das Palmeiras, em Goiânia
Imagem da matéria: Renato Moicano: Lutador ganha fãs promovendo o Bitcoin e as "6 lições" de Ludwig von Mises

Renato Moicano: Lutador ganha fãs promovendo o Bitcoin e as “6 lições” de Ludwig von Mises

Famoso no mundo das lutas, Renato Moicano agora também conta com fãs do mercado financeiro e criptomoedas