Imagem da matéria: Dogecoin: a criptomoeda meme que ganhou o coração do homem mais rico do mundo
Imagem: Facebook Dogecoin/Reprodução

A dogecoin, criptomoeda cujo garoto-propaganda é um meme de cachorro, ganhou o coração de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, e foi ‘apadrinhada’ pelo wallstreetbets (WSB), grupo que ganhou notoriedade por se voltar contra os tubarões de Wall Street. Por causa do apoio, o ativo fofo valorizou 600% só nesta semana e ganhou espaço nas homes dos principais sites de notícias do mundo.

Apesar da fama e dos holofotes, a história do ativo não tem nada de fascinante e misteriosa, como o bitcoin. A criptomoeda, cujo valor de mercado é de US$ 5 bilhões, segundo o CoinMarketCap, foi criada de forma despretensiosa em uma mesa de cerveja, conforme reportagem da Vice.

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Tudo começou em novembro de 2013, quando o hoje diretor de produto da Adobe, Jackson Palmer, publicou no Twitter que iria lançar uma criptomoeda chamada dogecoin em homenagem ao famoso meme do cachorro da raça Shiba Inu. Ele falou ao site que o tweet era só uma brincadeira, pois naquela época havia diversas moedas com nomes engraçados, como Sexcoin.

Os amigos de Palmer, no entanto, gostaram da ideia. Por causa disso, em uma noite no final de 2013, Palmer pegou seu computador e uma garrafa de cerveja, sentou-se à mesa e decidiu comprar o domínio dogecoin.com. Menos de 30 dias depois, o programador da IBM, Billy Markus, encontrou o site e enviou um e-mail para Palmer. Markus disse a ele que havia gostado da ideia da criptomoeda e poderia escrever o código. E assim nasceu a moeda.

Atenções à Dogecoin

Logo após ser lançada, a criptomoeda ganhou atenção da grande mídia. Business Insider, Washington Bussiness Journal e até a Bloomberg publicaram notícias. Markus e Palmer atribuem o buzz repentino, que depois se apagaria com o tempo, ao meme do cachorro.

“Muitas criptomoedas – principalmente o bitcoin, com a sua história com o Silk Road — têm estado nas sombras por causa da associação delas com a dark web“, disse Palmer à Vice. “Então, acho que ao combinar uma criptomoeda com um meme, que é algo que as pessoas veem como spam em seus feeds do Twitter e do Facebook todos os dias, acho que isso a torna torna mais acessível. É algo que as pessoas podem apoiar”, completou.

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Efeito Elon Musk

Depois do buzz inicial pós lançamento, o ativo digital deixou os palcos do mainstream e passou a ser usada por nerds para recompensar conteúdos de qualidade compartilhados no Reddit e no Twitter.

As coisas começaram a mudar em abril de 2019. Naquele mês, em uma votação no Twitter, o CEO da Tesla, Elon Musk, foi o escolhido pela comunidade da dogecoin como seu novo líder. Musk gostou e disse que o ativo digital poderia ser seu favorito. Em dezembro do ano passado, outro tweet do homem mais rico do mundo jogou mais holofotes sobre o ativo digital.

Nesta semana, o grupo wallstreetbets também ‘adotou’ a moeda, que disparou 121% em poucas horas.

“A moeda em si tem uma força de ser útil, mas não tem força para juntar compradores naquela cegueira da possível alta. Mas o Elon Musk passa confiança”, disse ao Portal do BitcoinGiuliano Scorza, dono do Dogecoin Brasil, um site P2P de compra e venda de criptomoeda.

Scorza lançou seu site no final de 2017 e sempre focou as negociações em dogecoin porque outros P2P brasileiros não davam muito atenção para ela. Ele disse que a procura pela moeda na plataforma disparou. “O aumento foi visível. A gente teve algo próximo de 500% a mais de acessos no site nesses últimos dois dias. Para a gente esse pump vem sendo maravilhoso”.

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