O China Construction Bank (CCB), segundo maior banco do mundo em capitalização de mercado, passará a utilizar a tecnologia blockchain para vender títulos de dívida. A princípio, a instituição planeja ofertar US$ 3 bilhões em papéis pelos próximos três meses, começando na sexta-feira (13).
O CCB contratou a Fusang, uma bolsa de ativos digitais com sede em Hong Kong, para viabilizar a inovação. Como observa o Coindesk, o objetivo da parceria é tornar a compra de títulos mais acessível aos investidores.
Atualmente, os títulos do banco são negociados por cerca de US$ 4 mil, o que dificulta o acesso a possíveis compradores que não sejam profissionais ou institucionais. Com a adoção do blockchain, as aquisições podem se dar em quantidades menores, e o CCB espera reduzir o valor mínimo dos papéis para US$ 100.
Além do dólar americano, outra novidade é que os títulos poderão ser comprados com bitcoin, o que diversifica e moderniza as operações. O rendimento também fica mais atraente, passando de 0,25%, média de juros obtida ao ano em outros bancos, para 0,75% no vencimento.
Por fim, a negociação também é um passo importante para reduzir burocracias, uma vez que envolve menor número de intermediários nas transações.
Se os primeiros testes com a novidade forem bem-sucedidos, a Fusang abre caminho para trabalhar com os quatro maiores bancos da China, conhecidos como “Big Four”. A bolsa de ativos digitais também almeja emitir certificados em outras moedas, incluindo o yuan, como disse o CEO Henry Chong ao South China Morning Post.