A adoção corporativa do Bitcoin deve crescer fortemente até 2030, com empresas públicas podendo alocar até US$ 330 bilhões em BTC, segundo relatório da Bernstein divulgado nesta segunda-feira (5).
A tendência é liderada pela Strategy (antes MicroStrategy), que já acumulou cerca de 555.450 BTC — mais de 2,6% da oferta total — com uma estratégia agressiva financiada por ações, dívidas e caixa. A meta da empresa agora é dobrar sua exposição para até US$ 124 bilhões, comenta o The Block.
Segundo a Bernstein, companhias com mais de US$ 100 milhões em caixa e sem perspectivas de crescimento devem representar a maior parte dos investimentos, com até US$ 190 bilhões. Empresas menores que buscam imitar o modelo de tesouraria da Strategy poderiam adicionar mais US$ 11 bilhões, e grandes corporações, ainda cautelosas, podem entrar com US$ 5 bilhões até 2027.
De acordo com o relatório, as empresas de capital aberto agora detêm cerca de 2,4% do fornecimento total de Bitcoin, ou cerca de 720.000 BTC em seus balanços.
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Apesar do exemplo da Strategy, os analistas alertam que copiar seu modelo é difícil, especialmente para empresas menores. O diferencial da empresa está na inovação financeira ao estruturar dívidas atreladas ao Bitcoin.
A Bernstein aponta ainda que a regulamentação será o principal catalisador da adoção. A reversão da regra SAB 121 pela SEC e avanços legislativos nos EUA favorecem o ambiente cripto. O presidente Donald Trump, por exemplo, propôs uma reserva nacional de Bitcoin, e, recentemente, o Reino Unido também sinalizou apoio à indústria cripto.
“O regime regulatório pró-criptomoedas dos EUA acelerou ainda mais o crescimento da propriedade corporativa de Bitcoin”, escreveram analistas liderados por Gautam Chhugani, segundo apurou o site CoinDesk.
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