O centro de tecnologia chinês Shenzhen afirmou na quinta-feira que distribuirá mais de 10 milhões de yuans (US$ 1,5 milhão) aos cidadãos como parte de um teste piloto mais amplo para sua moeda digital nacional, informou a agência local de notícias CGTN.
A medida ajudaria a estimular o consumo público e a testar a demanda pela moeda digital chinesa, oficialmente chamada de Digital Currency Electronic Payment (DCEP).
O teste é financiado pelo distrito de Luohu, em Shenzhen, que distribuirá o DCEP para 50.000 pessoas por meio de um sistema de “loteria”, disse o relatório. As pessoas poderão, então, usar a moeda digital em 3.389 pontos comerciais, como restaurantes, supermercados, postos de gasolina, estações de metrô, lojas de departamentos e outros estabelecimentos usados no dia a dia.
As pessoas poderão fazer uso dos valores através de carteiras desenvolvidas por bancos locais, incluindo o Banco Popular da China, o banco central do país. “Basta fazer o download de uma carteira DCEP, existem quatro carteiras desenvolvidas pelos quatro principais bancos comerciais”, observou Mo Li, chefe de marketing do aplicativo de carteira criptografada HashKey Hub.
Projetos anteriores com o DCEP já foram realizados na área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, da qual Shenzhen faz parte.
Ao mesmo tempo, as empresas chinesas como a gigante local de caronas DiDi, iniciaram os testes de DCEP para pagamentos de serviços de táxi em julho, mas essa distribuição em grande escala para os residentes de Shenzhen está entre as primeiras ações do tipo.
Os testes são parte dos planos mais abrangentes da China para incorporar moedas digitais em sua estrutura econômica, na tentativa de reduzir sua dependência do dólar americano. Os relatórios sugerem que o país planeja finalizar o lançamento do DCEP antes do início das Olimpíadas de Inverno de 2022 em Pequim, entendendo completamente o funcionamento da nova moeda antes disso. E parece que estão no caminho certo até agora.