Após disparada no preço, rede do Bitcoin acumula 65 mil transações não confirmadas
(Foto: Shutterstock)

Poucas horas após a recente disparada no preço do Bitcoin, a rede acumula mais de 65 mil transações esperando para serem confirmadas.

Com o congestionamento na rede, além da demora para a transação ser completada, as taxas também aumentam.

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De acordo com o Bitcoinfees, neste sábado (22) às 12:30 horário de Brasília, para uma transação média ser efetuada no próximo bloco (35 minutos no máximo), seria necessário uma taxa de 25.200 satoshis (0,00025200 BTC), aproximadamente R$ 10.

Na semana passada, em comparação, havia menos de dez mil transações em fila para serem confirmadas e era possível realizar transferências pagando taxas inferiores a R$ 5,00. No início de 2019 as taxas estavam abaixo de R$ 1,00.

Situação já foi pior

Em dezembro de 2017, no auge de preço das criptomoedas, as transações não confirmadas chegaram a 220 mil. As taxas da rede, na época, se aproximaram de US$ 55 dólares, quase R$ 200, de acordo com o Bitinfocharts.

Por que as transações acumulam?

O aumento no preço faz o mercado aquecer novamente, trazendo novos e antigos investidores que estavam esperando por uma maior volatilidade.

Como a maioria das carteiras/exchanges possuem taxas pré-determinadas e dado que o mercado estava estabilizado, com poucas transações não confirmadas, as taxas ficam programadas para valores baixos.

Um aumento repentino na quantidade de transações faz com que se acumule muitas transferências com taxas baixas  visto que muitas carteiras/exchanges demoram para reconfigurar as taxas padrão. Essas transações acabam sendo deixadas de lado por mineradores, que começam a dar preferência para as taxas mais altas.

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SegWit e Lightning Network

Atualizações como o SegWitLightning Network vieram para tentar contornar o problema de escalabilidade da rede do Bitcoin.

SegWit, que foi ativada em agosto de 2017, é uma maneira de agrupar as transações em blocos, sendo um meio muito mais eficiente para elas serem processadas. Contudo, só começou a ganhar tração apenas na segunda metade de 2018. Atualmente quase metade das transações do BTC utilizam a tecnologia, de acordo com o Transactionfee.info.

A LN, por sua vez, funciona de forma bem intuitiva. Ela é como uma segunda camada à blockchain. Ao invés de registrar todas transações na blockchain, as transações podem ser realizadas off-chain (fora da cadeira)

A blockchain servirá para sincronizar os saldos das pessoas de tempos em tempos, ao invés de processar microtransações. Transações grandes também serão processadas na blockchain. O objetivo é retirar milhares de microtransações da cadeira principal, o que causa congestionamentos.

A Lightning Network ainda está em fase de testes e é muito pouca utilizada atualmente.


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