Cyllas Elia, CEO do 2GO Bank
Cyllas Elia, CEO do 2GO Bank (Foto: Divulgação)

O Ministério Público de São Paulo denunciou um policial civil e dois empresários por lavagem de dinheiro para o PCC através das fintechs 2GO Bank e InvBank. A denúncia, feita em 14 de março, foi divulgada na terça-feira (25) pelo G1.

De acordo com a publicação, os alvos da denúncia são Cyllas Salerno Elia Junior, policial e sócio da 2GO Bank preso no mês passado, Carlos Alexandre Ballotin e Marcelo Henrique Antunes da Palma, fundadores da Invbank, que, segundo investigações do Gaeco, atuavam por meio do fracionamento de transações, uso de criptomoedas, contas em nome de laranjas, empresas de fachada e empréstimos fraudulentos.

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Uma das empresas, segundo a denúncia, lavou cerca de R$ 6 bilhões com movimentações financeiras no Brasil, Argentina, Estados Unidos e mais 11 países, sendo que a maior parte dos valores, no entanto, era destinada a Hong Kong e à China.

Segundo o promotor Lincoln Gakiya, um dos responsáveis pela investigação, afirma o G1, o crime organizado atingiu “outro patamar” e hoje opera no mercado financeiro formal.

O site publicou também a declaração da defesa de Carlos Alexandre Ballotin e Marcelo Henrique da Palma, fundadores da Invbank, que afirmou que a denúncia do MP é “extremamente genérica e sem qualquer materialidade contra seus clientes”.

Caso 2GO Bank

O 2GO Bank é famoso no setor de criptomoedas do Brasil, tendo sido patrocinador de diversos eventos do mercado ao longo dos anos. A empresa afirma ser um neobank especializado em liquidação de ativos digitais.

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Junto com a Invbank, a empresa é suspeita de fazer lavagem de dinheiro para o PCC usando complexos sistemas de pagamentos a que tinham acesso como instituições de pagamento. 

A atual investigação teve como ponto de partida a delação de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, criminoso que operava no mercado de imóveis e criptomoedas para o PCC e que foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos.

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