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A afiliada da corretora de criptomoedas OKX, Aux Cayes FinTech Co. Ltd, fez um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) e concordou em pagar mais de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,9 bilhões) em multas após se declarar culpada por atender clientes dos EUA sem licença para operar transferência de dinheiro e por não seguir as leis contra lavagem de dinheiro (AML).

“Desde 2017, a OKX tem uma política oficial que impede pessoas dos EUA de fazer transações em sua bolsa. Mas, ao contrário dessa política oficial, a OKX buscou clientes nos Estados Unidos”, disse o DoJ em um comunicado.

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Sediada em Seychelles, a OKX, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, perderá criminalmente US$ 420,3 milhões e pagará uma multa de US$ 84,4 milhões. Os US$ 420,3 milhões representam taxas ganhas de clientes dos EUA, que a empresa disse que não estão mais negociando em sua plataforma. O caso foi conduzido pelo Distrito Sul de Nova York, e a juíza Katherine Polk Failla supervisionou a sentença.

OKX permitiu transações ilícitas

Autoridades disseram que a OKX permitiu que transações ilícitas florescessem em sua plataforma e que por mais de sete anos violou leis e não implementou medidas adequadas para evitar ação de criminosos. Como resultado, descreve o DoJ, a exchange facilitou mais de US$ 5 bilhões em transações suspeitas. Além disso, a empresa teria aconselhado clientes a fornecer informações falsas para contornar requisitos regulatórios.

“Por anos, a OKX violou flagrantemente a lei dos EUA, buscando ativamente clientes nos Estados Unidos — inclusive aqui em Nova York — e até mesmo aconselhando indivíduos a fornecer informações falsas para contornar procedimentos necessários”, disse no comunicado o diretor assistente encarregado do FBI, James E. Dennehy.

Como parte do acordo judicial, a OKX contratou um consultor de compliance externo até 2027.

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