Imagem da matéria: A Kraken sabe a identidade do criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto?
Estátua em homenagem ao criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, em Lugano, Suíça (Imagem: Plan B)

A busca para descobrir a verdadeira identidade do criador pseudônimo do Bitcoin está parada há anos, com investigadores e documentaristas incapazes de chegar a uma resposta definitiva para esse mistério de US$ 2 trilhões.

Agora, um executivo de destaque da indústria cripto afirma ter descoberto informações inéditas sobre a atividade on-chain de Satoshi Nakamoto — que podem ter deixado um rastro até o verdadeiro nome do enigmático programador.

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Conor Grogan, chefe de operações de produtos da Coinbase, afirmou nesta semana ter encontrado uma série de transações on-chain ligadas a uma suposta carteira controlada por Satoshi que interagiu com a Cavirtex, uma exchange centralizada de Bitcoin agora extinta, sediada no Canadá.

Se essa informação for verdadeira, representaria um grande avanço na busca pela identidade de Satoshi. O motivo? O programador, conhecido por sua obsessão com privacidade, nunca havia sido associado a interações com exchanges centralizadas de cripto — que, normalmente, exigem verificação de identidade de todos os clientes.

Se Satoshi realmente foi cliente da Cavirtex, a exchange pode ter coletado informações pessoais identificáveis, incluindo seu nome legal e endereço — mesmo que, na época, a plataforma canadense não tivesse ideia da importância desses dados de um usuário aparentemente comum.

No entanto, a Cavirtex não está mais em operação. A empresa foi adquirida pela exchange americana Kraken em 2016 e incorporada à sua infraestrutura.

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Então, será que a Kraken herdou informações durante essa fusão que poderiam responder a uma das maiores questões da história da tecnologia?

Isso depende. Não está claro se a Cavirtex operava sob exigências obrigatórias de “conheça seu cliente” (KYC) para todos os usuários na época em que Satoshi pode ter interagido com a exchange — ou se a Kraken reteve os dados de KYC da Cavirtex após a aquisição.

No entanto, parece que, já em dezembro de 2013 — quando Grogan, da Coinbase, afirma que Satoshi recebeu Bitcoin da Cavirtex — a exchange canadense já fazia questão de impor KYC a todos os clientes. Naquele período, quando o mercado cripto ainda era extremamente jovem e marginalizado, várias exchanges de Bitcoin evitavam tais exigências.

Mas, aparentemente, esse não era o caso da Cavirtex.

Por volta da mesma época da suposta transação de Satoshi na Cavirtex, um popular fórum online de Bitcoin descreveu a exchange como uma das que aplicavam “políticas de KYC mais rigorosas”, comparáveis às da Coinbase e da Kraken.

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Somente em junho de 2014 — cerca de seis meses após Satoshi supostamente interagir com a Cavirtex — a legislação canadense foi alterada para exigir que exchanges de cripto coletassem informações de identificação de seus clientes.

Mas a Cavirtex já parecia estar realizando essas verificações. Na mesma semana em que o Canadá aprovou essa regulamentação para o setor cripto, a exchange declarou que já mantinha uma política de KYC “proativa”.

Se a exchange realmente coletou informações de identificação de Satoshi, é possível que a Kraken tenha herdado esses dados e ainda os possua.

Até o momento, a exchange respondeu às afirmações de Grogan sobre Satoshi de forma um tanto enigmática. Quando Grogan publicou suas descobertas sobre o criador do Bitcoin na quarta-feira, a conta da Kraken na plataforma X respondeu de maneira ambígua: “Somos todos Satoshi.”

Uma estátua em homenagem ao criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, em Lugano, Suíça. (Imagem: Plan B)

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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