Imagem da matéria: PF faz operação contra grupo que furtou R$ 15 milhões do governo e usou criptoativos para lavagem de dinheiro
(Divulgação/PF)

A Polícia Federal deflagrou na quarta-feira (21) a Operação Gold Digger, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas e suspeita de invadir o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), responsável pelos pagamentos do governo federal.

Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além de três mandados de prisão temporária em Minas Gerais, na Bahia, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal. Duas pessoas foram presas e uma terceira ainda estava sendo procurada.

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A investigação, iniciada após a identificação de desvios de recursos públicos por meio de pagamentos indevidos, revelou um esquema de alta complexidade que incluía a realização de acessos indevidos ao SIAFI mediante a utilização de credenciais falsas de ordenadores de despesas.

De acordo com a PF, até agora, foram identificados furtos no montante de aproximadamente R$ 15 milhões, havendo ainda a detecção de tentativas de desvio de mais de R$ 50 milhões. O caso da invasão foi noticiado em abril deste ano.

“A organização criminosa utilizava técnicas avançadas de invasão cibernética, incluindo campanhas de phishing, por meio do envio de mensagens do tipo SMS com links maliciosos que captavam os dados dos destinatários, e emissão fraudulenta de certificados digitais, para obter acesso a contas e autorizar pagamentos indevidos”, explicou a polícia.

Além disso, para poder receber os valores desviados, o grupo criminoso também se utilizava de contas de “laranjas”, que eram posteriormente ocultados através de instituições de pagamento e exchanges de criptoativos.

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Os investigados poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A PF explicou que o nome da operação, Gold Digger, faz alusão ao termo em inglês que literalmente significa “escavador de ouro” ou “minerador”, refletindo o caráter meticuloso e persistente das violações na extração ilícita de grandes quantias de dinheiro público.

“Além disso, o termo possui um sentido pejorativo, utilizado para descrever pessoas que se associam a outras com o objetivo de obter vantagens financeiras, o que reflete o modus operandi dos envolvidos, que buscam se aproveitar dos recursos públicos para lucro próprio”, disse a polícia.

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