A Comissão Nacional de Eleitoral (NEC) da Coréia do Sul vai começar a conduzir um sistema de votação eletrônica online baseado na tecnologia blockchain a partir de dezembro.
De acordo com um comunicado de imprensa publicado no site da instituição na quarta-feira (28), o novo sistema chamado ‘K-voting’, contou com a ajuda do Ministério da Ciência e Tecnologia da Informação para o seu desenvolvimento.
A ação visa anular as preocupações com o método atual de votação que, segundo a comunicado, é vulnerável a ataques de hacker e fraude eleitoral. Esse sistema é usado por cerca de 5 milhões de pessoas.
Com o novo via blockchain, a agência acredita que vai aumentar a segurança e transparência, fatores intrínsecos da tecnologia que surgiu com o bitcoin.
“Os resultados da votação será mais aceitável com o blockchain, já que é ‘quase impossível’ manipular resultados, enquanto candidatos e auditores teriam acesso a dados de votação”, disse a Comissão.
O sistema ainda está em fase de experimentação. A agência disse que, caso sistema seja bem sucedido, vai ajudá-los na criação de uma base para futuros sistemas de votação online.
Os testes permitirão que o sistema blockchain seja usado para pesquisas online feitas pela Blockchain Society, da Universidade Nacional de Seul, e pela Korea Internet & Security Agency, uma subsidiária do Ministério da Ciência.
Outras inovações, contudo, devem ser implementadas também. A NEC está explorando as tecnologias de BigData e Internet das Coisas (IoT) para seu sistema de votação no futuro.
Blockchain nas eleições no Brasil
No final de outubro, antes do segundo turno das eleições, o especialista em blockchain e perito em informática Paulo Fagundes foi indicado pelo partido do então presidenciável Jair Bolsonaro para acompanhar a auditoria de urnas eletrônicas realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
Após uma primeira análise, Fagundes classificou o equipamento de votação como frágil. Segundo ele, apesar de não ter aparecido nenhum indício de fraude no decorrer do processo, faltou acesso ao código-fonte, que gera todos os programas rodados na urna no dia da votação.
Uma deliberação de Rosa Weber, ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o liberou, então, a ter acesso, bem como analisar o código-fonte do sistema após o pedido da corregedoria do TRE-PR.
Fernando Haddad (PT), que ficou em 2º lugar nas eleições presidenciais deste ano, também usou a blockchain para o registro do seu plano de governo, quando, e meados de outubro, ele indicou a “tecnologia como solução no combate a adulteração de informação e corrupção”.
Outros candidatos que também concorreram à cadeira mais importante do Palácio do Planalto, Marina Silva (REDE), Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT), fizeram campanhas para receber doação por meio de plataformas baseadas na tecnologia blockchain.
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