Imagem da matéria: John McAfee cria selo contra corrupção de exchanges de criptomoedas e ataca HitBTC
McAfee durante anúncio. Ao fundo, Raquel Vaz, da Coinbene (Foto: Cláudio Rabin/Portal do Bitcoin)

O criador do antivírus que leva seu nome e embaixador do mundo as criptomoedas, John McAfee, lançou uma cruzada contra exchanges acusadas de corrupção. O objetivo no longo prazo é tornar o ecossistema melhor, mas no curto é um ataque frontal à HitBTC, uma das maiores operadoras do mundo.

O anúncio foi feito segunda-feira (10) ao lado do time brasileiro da Coinbene, uma corretora de origem chinesa, que possui um escritório no Brasil. A empresa, que é primeira a ingressar na aliança criada por McAfee, prometeu listar de graça todas criptomoedas que abandonarem a HitBTC.

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Durante a coletiva de imprensa, que ocorreu a bordo do Blockchain Cruise (um seminário sobre criptoeconomia que ocorre em um cruzeiro), a equipe do magnata afirmou ter feito uma avaliação da exchange chinesa antes de aceitá-la como parceira. Um projeto já foi deslistado — o chamado Apolo, que teria arcado com um prejuízo de US$ 400 mil no processo.

Em seu discurso inicial, McAfee louvou as qualidades trazidas da inovação da blockchain. “Pela primeira vez, temos acesso à verdade, como uma janela para os fatos”, disse.

Dentro da questão transparência, ele levantou outro problema da HitBTC: “Quem é o dono? Onde está baseada? Não há nenhuma informação sobre eles e ainda assim, estão processando centenas de milhares de dólares”.

Para o empresário, caso ocorra algum problema não há regulação que vai ajudar a quem foi prejudicado. “O que é preciso é local no qual as pessoas possam consultar a segurança de colocar dinheiro em uma exchange”.  

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Antes da abertura para perguntas, Raquel Vaz, diretora internacional de marketing e desenvolvimento de negócios da Coinbene Brasil, falou brevemente e convocou outras pessoas que tiveram problemas a ingressarem na aliança. Jason Qiang Xu Bin, o vice-presidente de desenvolvimento de negócios e Chairman da empresa no país, também participou das negociações.

Logo depois, McAfee respondeu uma pergunta do Portal do Bitcoin e deu um pouco mais de detalhes sobre o ‘selo’ anti-corrupção. “Basicamente, uma guarda-chuva para pessoas que pensam como nós. Ninguém paga nada, ninguém ganha nada”.

Problemas com a HitBTC

Em julho, McAfee lançou uma campanha contra a HitBTC, alegadamente por causa das taxas de saque que esta cobra sobre a criptomoeda de um projeto no qual o magnata investiu, o Docademic (MTC), que procura disponibilizar serviços de saúde gratuitos aos seus usuários.

De acordo com o pioneiro de cibersegurança, as taxas cobradas pela HitBTC fazem com que vidas se percam, e custam dinheiro a todos os usuários de criptomoedas. McAfee afirma ter enviado entre 11 a 12 cartas à corretora, e diz ter obtido apenas uma resposta. Assim, a única escolha era a via legal.

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McAfee é conhecido pela sua atitude positiva quanto à principal criptomoeda, o Bitcoin. Ele afirma que o BTC vai valer US$1 milhão até 2020.

A HitBTC em si é também controversa. Ainda este ano a corretora impediu clientes Japoneses de utilizarem a sua plataforma, pois alega que tem de cumprir com regulações locais e diz pretender abrir uma subsidiária no país.

Uma simples pesquisa online mostra vários resultados de clientes a queixarem-se das práticas da HitBTC.

https://www.instagram.com/p/BnbhvywDuhZ/?taken-by=portaldobitcoin

*A reportagem participa do Blockchain Cruise a convite da CoinBene

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